Museu do Hospital acolhe mostra de autora italiana

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Angélica Nolasco junto a duas obras de “Entre a Fluidez e o Cimento”

“Entre Fluidez e Cimento” intitula a mostra de trabalhos de Angélica Nolasco, alguns inspirados na cidade termal

Angélica Nolasco, 26 anos, estudou Belas Artes em Veneza mas quis tirar o último ano do seu mestrado na ESAD.CR., nas Cadas. Agora encontra-se a apresentar o seu trabalho no Museu do Hospital e das Caldas .
A artista, que vive na cidade termal, vai com frequência a Itália por causa da sua pintura.
Além do mais Angélica Nolasco é também tatuadora e diz por isso que “tatua o que pinta e pinta o que tatua”, A autora utiliza mapas para se expressar numa e noutra arte. “Os mapas são um elemento distintivo da minha expressão artística”, contou a artista que estabeleceu um paralelismo entre os mapas das ruas caldenses e os prédios que nelas existem e que captou, desenhando-os à mão livre.
Também incluiu noutros trabalhos, patentes no Museu do Hospital, mapas da cidade de Lisboa e até convida os visitantes a deixar as suas impressões num trabalho de arte participativa.
Outra das peças presentes é um bloco de cimento que é dedicada à cidade das Caldas, pois assim que a autora chegou soube que era uma terra de cerâmica. E como acredita que se aprende com os erros, decidiu integrar no bloco de cimento, “pedaços de peças de cerâmica que não correram bem”.
A autora, que é natural de Cuneo, trabalha também no estúdio Juno, no Bairro Azul, onde se dedica às tatuagens emocionais.
“Gosto imenso de tatuar trabalhos que se inspiram em momentos importantes das histórias das suas vidas”, contou a artista que apreciou ter terminado a sua formação académica na ESAD.CR, tendo destacado que a escola de artes dá aos estudantes a oportunidade de “pôr a mão na massa” e de experimentar vários materiais, nas suas oficinas.
Além de apostar na divulgação do seu trabalho de pintura a nível internacional a artista quer continuar ligada ao mundo das tatuagens.
Entre os seus próximos projetos vai realizar uma grande exposição do seu trabalho em Itália e, no próximo verão, realizará uma iniciativa artística nas Caldas.
Na sua opinião, a cidade caldense tem vários autores criativos “mas é necessária mais divulgação dos seus trabalhos”.
A exposição da autora está patente, no Museu do Hospital e das Caldas, até 30 de setembro. ■