Os SF Jazz Collective actuaram na noite de sábado, 27 de Outubro, no CCC, no Caldas Nice Jazz. O concerto foi um misto de apresentação dos originais da banda, com temas de Miles Davis com arranjos dos próprios. Esta foi, até agora, a noite mais concorrida do festival com 400 pessoas no grande auditório. O CNJ termina amanhã.
Cerca de 400 pessoas compunham o grande auditório do CCC na noite de sábado, 27 de Outubro. Nem o frio, nem o futebol as afastou de um concerto dos SF Jazz Collective.
A banda entrou com um solo de cada músico, para se apresentarem ao público, que os brindou com salvas de palmas. “Estamos a celebrar a música de um dos nossos maiores heróis, que aposto que também é vosso”, afirmaram. Referiam-se ao incontornável Miles Davis, trompetista e compositor norte-americano, considerado um dos maiores nomes do jazz do século passado.
Entre “Tutu”, “Bitches Brew”, “In the sky” e “Someday My Prince Will Come”, o colectivo apresentou os seus originais. “Infinito”, “Sketches”, “It takes a village” e “Unscened World” foram alguns desses exemplos.
O concerto teve momentos para cada um dos músicos mostrar as suas qualidades. Em certos temas alguns saíam e depois voltavam a entrar, noutros tocavam instrumentos diferentes.
A banda americana estava então a finalizar a primeira semana de tour na Europa. Elogiaram a “comida deliciosa, especialmente do mar”.
No final do concerto, e já depois de um encore, novamente brindado com salvas de palmas, falamos com o caldense Manuel Pires. “Gostei imenso, encontrei um ritmo instrumental que me agradou, achei um pouco mais actual, com alguma inovação musical na técnica do jazz”, afirmou, salientando ainda que não é perito musical, mas gosta de música.
De um pouco mais longe, de Lisboa, veio David Barreira, que veio de propósito para este concerto. Todos os anos vem ao Caldas Nice Jazz e tinha previsto voltar hoje para ver a britânica Julia Biel.
“Não conhecia a banda, mas sabia o estilo e agradou mais uma vez, foi uma noite positiva como sempre”, concluiu. Gostou particularmente dos originais do colectivo.
Este lisboeta elogiou as condições do CCC, que “são uma das razões para voltar”, e disse que o Oeste está no bom caminho, com eventos que atraem público da capital.
Uma lição numa viagem no tempo
Os concertos no CCC começaram logo na quinta-feira, com a Orquestra de Jazz de Matosinhos a dar uma lição sobre este estilo musical, com uma viagem no tempo.
Com narração de Manuel Jorge Veloso, que ia explicando a evolução deste estilo, a orquestra, sob a direcção de Pedro Guedes, ia mostrando exemplos musicais das várias épocas.
No dia seguinte actuou o pianista brasileiro Salomão Soares, em trio.
Hoje sobe ao palco a cantora e pianista britânica Julia Biel. Na Toca da Onça haverá uma noite Toca-Discos, desta vez com João Bernardes, onde haverá partilha de músicas e histórias.
Amanhã encerra-se esta edição do Caldas Nice Jazz, com Alfa Mist a combinar as sonoridades hip-hop e soul com o jazz, seguindo-se o DJ set de Fat&Slim na Toca da Onça.