Até ao final do mês está patente na Casa Bernardo, na rua Maestro Armando Escouto, a exposição colectiva “war(m) Up!” que antecede uma outra mostra de artes plásticas a inaugurar a 8 de Junho, intitulada “O Fim da Violência”, em que participam alguns dos mesmos artistas.
Esta sexta-feira, 17 de Maio, vão estar alguns dos participantes na Casa Bernardo para uma conversa sobre a exposição.
“O Fim da Violência” é a terceira de uma série de exposições, comissariadas por João Fonte Santa, em que os artistas plásticos fazem uma reflexão sobre a actual crise económica e política que estamos a viver. O título parte de uma citação atribuída a Gandhi: “a pobreza é a pior forma de violência”.
Depois da “contestação” e da “análise”, temas abordados nas duas primeiras exposições, a Casa Bernardo receberá trabalhos relacionados com a “utopia”.
“Se imaginarmos que a crise foi ultrapassada, que sociedade imaginamos ou propomos”, explicou João Fonte Santa.
Para este ciclo de exposições foi pedido aos artistas dois tipos de intervenções: as suas peças e uma contribuição para o projecto colectivo. Na primeira exposição cada artista fez uma “emissão” de notas de escudo, na segunda um cartaz com o tema “Portugal ano zero” e para esta terceira é pedido a cada artista que faça o levantamento de uma organização social auto-organizada, de cujo trabalho resulte um projecto para a transformação da sociedade.
Este projecto conta com a participação de António Caramelo, Inez Teixeira, Gustavo Sumpta, João Belga, João Fonte Santa, Mafalda Santos, Margarida Dias Coelho, Paulo Mendes, Pedro Amaral, Pedro Bernardo, colectivo Sara & André e Susana Gaudêncio.
Segundo Pedro Bernardo, quando estavam a preparar a exposição, em Junho, decidiram antecedê-la com uma outra em que cada artista participante convidava outro para também apresentar alguns dos seus trabalhos. O título “War(m) Up!” faz um jogo de palavras com “guerra” e “aquecimento” (para a mostra de Junho e também porque quando decidiram o nome ainda estavam num inverno rigoroso).
Nos trabalhos expostos até ao final de Maio encontram-se também muitas mensagens sobre o estado actual do país, do mundo e da sociedade.
No Museu Bernardo continua também patente a exposição de pintura “Chemicals, Drugs and Superpowers” de Pedro Almeida. P.A.