Pelicanos respeitaram a competição e deram réplica a um Sp. Covilhã ainda aflito
O Caldas despediu-se da temporada com um empate a um golo frente ao Sp. Covilhã, num jogo marcado por condições atmosféricas difíceis, muita emoção, sobretudo para a equipa da casa, que teve que esperar até ao fim para saber se conseguia a manutenção. A formação caldense já tinha a permanência na Liga 3 assegurada, mas voltou a não vencer, terminando a temporada com quatro jogos sem triunfos e apenas um golo marcado nesse período, fechando a época com sinais de desgaste, senão físico, pelo menos psicológico por uma época desgastante.
Na Serra da Estrela, o que estava verdadeiramente em jogo era a sobrevivência dos locais. O Covilhã entrou pressionado e nervoso, num relvado pesado e sob um nevoeiro cerrado que obrigou a interrupções prolongadas durante a primeira parte. A ansiedade dos serranos contrastava com a tranquilidade dos pelicanos, que apesar de terem a sua situação definida respeitaram a competição, jogando com um bloco compacto na ação defensiva e a explorar os espaços para se lançar no ataque. Foi num desses momentos de lucidez que surgiu o golo caldense. Nhayson, aos 44 minutos, aproveitou uma boa combinação à esquerda para fazer o golo e gelar as bancadas do Municipal José Santos Pinto.
O Covilhã regressou do intervalo mais intenso, empurrado pelo seu capitão Ramalho, que liderou as operações. O golo do empate acabou por surgir ao minuto 69, num pontapé de canto que podia ter sido evitado. Boa defesa de Luís Paulo que parecia ter a bola controlada, mas Yordy jogou pelo seguro. Ramalho cobrou o canto e encontrou a cabeça de Konaté, que fez o empate.
O empate acabou por ser suficiente para os serranos, dado o empate no Lusitânia Ol. Hospital.
O Caldas fechou o campeonato com o sentimento de missão cumprida, mas com uma reta final pouco inspirada e o grupo segue agora para merecidas férias para recarregar baterias.
O jogo ficou também marcado por mais uma homenagem a Militão, por parte do Sp. Covilhã. Os leões da Serra entregaram ao capitão do Caldas, que termina a carreira, uma camisola com o número 24, alusivo às épocas ao serviço do Caldas.