Campeonatos não profissionais terminaram, mas ainda falta apurar quem sobe de divisão

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A Federação Portuguesa de Futebol não esperou pelo desenrolar da situação pandémica e deu por concluídas as provas de futebol e futsal não profissionais, um acto inédito na história das competições nacionais. No entanto, aquele organismo refere que haverá subidas à 2ª Liga, o que tem gerado ondas de pressão em relação à forma como se vai fazer o respectivo apuramento

A FPF decidiu pela conclusão das provas no passado dia 8 de Abril, após uma reunião por teleconferência com as associações distritais e regionais para análise do impacto da pandemia covid-19 no futebol sénior não-profissional, refere o organismo em comunicado.
Ao entender que “continuam a não estar reunidas as condições de saúde pública para que clubes com estruturas amadoras, como é próprio das provas em que participam, possam treinar e competir em segurança”, a decisão foi a de dar por concluídas todas as suas competições seniores, sem declaração de vencedores, nem aplicação do regime de subidas e descidas, no seguimento do que já tinha sido estipulado para as competições dos escalões de formação.
A entidade que tutela o futebol nacional considera que o estado de emergência que vigora até hoje e a sua possível prorrogação “impedem o normal decurso das competições, sendo imprevisível antever quando e se tais condições de saúde pública estarão reunidas ainda durante esta época desportiva”.
Assim, no registo histórico das competições nacionais, a época 2019/20 será a primeira que não terá declarados os respectivos campeões. O que é válido para as competições de futebol e futsal.
No entanto, e apesar de não ser aplicado o regime de subidas e descidas, a federação acrescentou que “serão indicados os dois clubes que acedem à 2ª Liga de futebol, bem como os representantes de Portugal na Liga dos Campeões de futebol feminino e de futsal masculino”, o que acontecerá “com a maior brevidade possível”.
Esta decisão de indicar duas equipas para ascender ao futebol profissional não foi bem aceite pelos clubes e em estudo estão várias hipóteses que passam pela realização de um play-off. Em cima da mesa estarão hipóteses deste play-off se jogar a 8 e também a 16 equipas, segundo o que tem sido veiculado na imprensa desportiva.
O que a Federação também deixa em aberto é uma possível alteração dos moldes das competições nacionais não profissionais na próxima temporada. Em aberto está a possibilidade de haver subidas também dos distritais, o que levaria a uma alteração do modelo competitivo, pelo menos do Campeonato de Portugal, dado o aumento do número de equipas.
Jorge Reis, presidente do Caldas, considera que a decisão da federação “é a mais lógica e mais acertada, porque acima de um jogo de futebol, ou de uma competição, está a vida das pessoas”. O dirigente não concorda com a realização de um play-off e espera que a FPF não volte atrás no que decidiu, posição que sustenta com a falta de condições dos balneários de várias das equipas que querem disputar o referido play-off.
Jorge Reis acrescenta que, “mais do que quando, preocupa-nos como vai começar a competição e em que condições”, pois “não faz sentido futebol sem os espectadores”.
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