Caldas volta a bater o Alverca com exibição de classe num jogo noturno que levou 2523 adeptos ao Campo da Mata
Vitória, reentrada na luta por um lugar nos quatro primeiros e recorde de assistência na Liga 3, com 2.523 pessoas nas bancadas. Assim se sintetiza o jogo do passado sábado mas, se a narrativa ficasse por aqui, muito se perdia da história.
O Alverca chegou às Caldas com uma série de sete vitórias, o total de jogos dos ribatejanos na segunda volta. Era cartão de visita impressionante, mas o pelicano tinha, do seu lado, a vitória conseguida na primeira volta, que foi a quarta em cinco jogos entre as duas equipas na última época. O outro jogo ficou empatado.
Logo no primeiro lance, o Alverca tentou afastar essa figura de um Caldas carrasco dos ribatejanos. Nem isolado pela esquerda, ainda no primeiro minuto, foi tocado nas costas por Mateus Lima e caiu. Jorge Bernardo cobrou o penálti, mas não enganou Luís Paulo, que manteve o nulo. A intervenção do guardião lançou uma forte ofensiva caldense. Yordi e Paulo Inácio testaram a elasticidade de José Costa com remates de longe, o guarda-redes respondeu com duas grandes defesas. Mas nada pôde fazer ao minuto 12. Grande lance do Caldas, com Paulo Inácio a ganhar no meio-campo ofensivo, João Tarzan rompeu a partir da esquerda, deu a André Perre, desviou de cabeça o centro e Yordi cabeceou de forma perfeita para o fundo da malha.
A ganhar, grande lição de um Caldas bem organizado sem bola, e inteligente com ela. O Alverca, só entre os segundos amarelos de João Tarzan e Rafa Castanheira esteve perto do golo, mas aí a sorte protegeu o Caldas, com a bola a acertar no poste e a ressaltar para as mãos de Luís Paulo. E o Caldas ainda sonha com o quarto lugar, assim se alinhem os astros e se mantenha a determinação dos pelicanos.