Entrada a todo o gás

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notícias das Caldas
Farinha marcou o primeiro e esteve na jogada do penalty que deu origem ao segundo |Joel Ribeiro
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Campo da Mata, Caldas da Rainha
Árbitro: Hugo Silva, Assistentes: Gonçalo Antunes e Rui Cabeleira, AF Santarém

CALDAS                                2
Luís Paulo [4]; Juvenal [3], Militão [4], Almeida [4] (C) e Clemente [3]; André Santos [3], Paulo Inácio [4] e Tonicha [3] (Marcelo [2] 60’); Januário [3] (Cruz [1] 84’), Johnny [4] e Farinha [3] (João Rodrigues [2] 72’)
Não utilizados: Natalino, Diogo Bento, Rony, Cascão
Treinador: José Vala

VILAFRANQUENSE             1
Tiago; Ruben (Bruno Fernandes 59’), Miguel Lourenço, Denis e Charles; Izata, Sereno (C) (Barbosa 59’) e Alfa (David 74’); Figo, Marocas e Fábio Freire
Não utilizados: Rodrigo, Bitó, Bernardo, Mauro
Treinador: Filipe Coelho
Ao intervalo: 2-0
Marcadores: Farinha (32’), Johnny (44’) e Denis (90’+2’)
Disciplina: amarelo a Ruben (43’), Alfa (65’), Clemente (68’) e Juvenal (87’)

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Uma primeira parte ao melhor nível desta época valeu ao Caldas uma entrada triunfal na segunda fase do campeonato. Caldas e Vilafranquense repetiram o resultado do encontro da primeira fase, mas com um filme diferente. O pelicano foi demolidor na primeira parte e controlou na segunda.

Não é fácil encontrar uma partida em que o Caldas tenha tido um domínio tão absoluto do adversário como teve nos primeiros 45 minutos deste encontro. Há um dado que ajuda um pouco a perceber o que aconteceu. As (apenas) sete faltas assinaladas por Hugo Silva na primeira parte explicam que houve um Vilafranquense muito macio e um Caldas que aproveitou o melhor que soube essa apatia. O primeiro quarto de hora fortíssimo do Caldas ajudou a empurrar para trás os ribatejanos.
No entanto, há outro dado que também ajuda a perceber porque é que, com tanto domínio, o Caldas “só” chegou ao intervalo a vencer por dois golos. Foram sete as vezes que os alvinegros caíram na armadilha do fora-de-jogo, o que demonstra igualmente que se o Caldas foi uma equipa impetuosa e proactiva, também foi algo apressada e precipitada na conclusão das jogadas.
Ainda assim houve futebol mais que suficiente para os caldenses fazerem dois golos e obrigarem Tiago a algumas defesas mais ou menos complicadas.
Farinha e Johnny (o melhor marcador na presente época e na anterior tem uma ‘actualização’ de nome com a entrada de João Rodrigues no plantel) foram peças importantes no ataque e além de finalizarem uma vez cada um, participaram activamente no golo do outro.
No primeiro, resultado de um livre lateral, Johnny dividiu o lance com Tiago, este acabou por largar a bola e o avançado, com perfeita noção da posição em campo, tocou para Farinha inaugurar o marcador.
Já Farinha fez um bom remate para a defesa de Tiago no lance que daria o segundo golo. Rui Almeida tinha ficado na área após um canto, ficou com o ressalto e sofreu falta clara de Ruben. Penálti transformado por Johnny.
O Vilafranquense demorou a sair do balneário para a segunda parte. Não era difícil perceber porquê. Filipe Coelho não terá feito alterações porque não podia trocar a equipa toda. Os jogadores devem ter ouvido das boas e voltaram com outra atitude para a segunda parte. O Caldas baixou as linhas, mas nunca baixou a guarda. Luís Paulo foi um Senhor a defender a sua área nos cruzamentos e cantos. A estrutura do Caldas também defendeu bem o seu guarda-redes, que só teve que parar remates de longe e feitos em condições precárias.

MELHOR DO CALDAS

Johnny 4
Há (não muitos) jogadores que têm a capacidade de deslizar pelo campo e deliciar os adeptos. O Caldas tem o privilégio de ter um, que cada vez que tem a bola nos pés há uma grande probabilidade de sair algo fantástico. Teve uma tranquilidade ímpar para decidir nos dois lances de golo do Caldas. E na hora de ajudar a defender não se escondeu.

João Rodrigues, jogador do Caldas

Primeira parte muito boa
Durante a semana trabalhámos bem sobre os nossos pontos fortes e os fracos deles, fizemos uma primeira parte muito bem conseguida, com muita dinâmica, muitas oportunidades. Na segunda sabíamos que iam entrar fortes, foi aguentar. Acabámos por sofrer um golo numa bola parada, tentar rectificar esse aspecto no próximo jogo. Há sempre um nervosinho miudinho, é com muito agrado que regresso a uma casa que conheço bem, tal como a estrutura. Surgiu a oportunidade, há que agradecer a quem me a proporcionou e é trabalhar para ajudar.

José Vala, treinador do Caldas

Soubemos sofrer
Dominámos a primeira parte e se o resultado fosse mais desnivelado era justo. Na segunda parte há que dar mérito ao Vilafranquense, entrou muito bem, esteve sempre por cima de nós. Nós fomos consistentes defensivamente, soubemos sofrer, só falhámos mesmo a acabar. Não conseguimos sair, que era a ideia. Não tiveram muitas oportunidades, mas rondaram muito a nossa área. Pelo número de oportunidades a vitória é justa. O João identificado com o clube e com o grupo, vai-nos dar outras soluções na frente, centímetros na frente, a vontade que tem sempre de ir à procura do jogo.

Filipe Coelho, treinador do Vilafranquense

Falta de atitude
Não admito como treinador que os jogadores tenham a atitude que tiveram na primeira parte. O caminho não é aquele.

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