O tenista caldense Frederico Silva (288.º) elevou para oito o número de vitórias seguidas nos courts do Clube de Ténis de Vila Real de Santo António, ao vencer num duelo de esquerdinos, o alemão de 16 anos, Diego Dedura-Palomero (581.º), por 6-4, 6-3.
“Calculei que, pela idade e pelo ranking, tivesse qualidade e que fazia as coisas bem; é um jogador consistente, sendo canhoto tem alguns padrões parecidos aos meus e sabia que ia ser fisicamente exigente. Demorei um bocadinho a encontrar o ritmo certo, mas a partir do momento em que ganhei vantagem, senti-me mais confortável. Foi o jogo em que estive melhor esta semana, onde consegui ser mais agressivo e consistente ao mesmo tempo, onde arranjei um equilíbrio bom”, disse o tenista nascido nas Caldas da Rainha há 29 anos, que tem estado em grande evidência.
Antes, Gastão Elias (378.º) havia sido o primeiro a qualificar-se ao bater o russo Sergey Fomin (565.º), por 6-3, 3-6 e 6-3, num encontro onde só no último set mostrou a sua superior qualidade. “Foi um jogo com altos e baixos, tanto meus como do meu adversário. O estilo dele dificultou que houvesse uma qualidade alta de ténis. Houve momentos em que senti que bastava manter a bola dentro para ganhar o ponto, outros em que ele esteve muito sólido, em que colocava todas as respostas dentro. Não foi o meu melhor jogo, mas acabei a jogar bastante bem e a ganhar seis jogos consecutivos. Tive alguma dificuldade até se trocar as bolas, ao 0-3, mas depois senti que podia fazer melhor e cometi muito poucos erros na recta final. Foi mais um encontro mais mental do que físico”, resumiu Elias.
Ainda sem saber o nome do adversário, o cabeça de série n.º7 fez uma antevisão da meia-final de sábado. “Sei que vou defrontar um canhoto que falha muito pouco”, adiantou o tenista de 34 anos, antes de antever o potencial embate com o compatriota: “O Fred obviamente que tem uma velocidade superior e vem de uma vitória, com muita confiança. É um jogador que pode ser muito consistente do início ao fim com estas bolas, o que é um feito inacreditável – quando ficam mais gastas, eu tenho grandes dificuldades em mantê-las no court – e é agressivo. Não vai ser fácil; posso estar num dia bom e perder”, frisou Elias.
Com as vitórias dos dois portugueses vai acontecer aquela que era a meia-final mais aguardada pelos fãs nacionais desde a realização do sorteio do 6.º Open Internacional de Ténis de Vila Real de Santo António. Frederico Ferreira Silva e Gastão Elias superaram os três primeiros adversários para este sábado, às 11 horas, decidirem entre si quem será o representante português na final de domingo do torneio M25 do ITF World Tennis Tour.
A meia-final de sábado será apenas a segunda vez em que os dois compatriotas se defrontam no circuito profissional, com Frederico Silva a vencer (6-3, 6-1) o primeiro duelo, há ano e meio, no challenger de Maiorca, também em hardcourts. “Conheço-o bastante bem, treinámos juntos muitas vezes ao longos destes anos, tacticamente sabemos o que esperar, até adivinhar o que o outro vai fazer. Espero que estejamos os dois a um bom nível. Tanto eu tenho coisas boas para lhe ganhar como ele tem armas para me causar dificuldades. Obviamente que espero um jogo duro e estou contente por termos um português na final”, afirmou o caldense.
A segunda meia-final (não antes das 13 horas) vai opor o britânico Ryan Peniston (440.º) ao colombiano Adria Soriano Barrera (343.º/cs5) – que precisou de três horas e 55 minutos para superar o romeno Cezar Cretu (326.º/cs4), por 7-6 (12/10), 6-7 (4/7) e 7-6 (7/2).
Com a derrota de Francisco Rocha, não haverá portugueses no último dia da competição de pares, que tem a segunda meia-final marcada para as 11 horas e a final agendada para a tarde de sábado (não antes das 15 horas).
O 6.º Open Internacional de Ténis de Vila Real de Santo António é organizado pelo clube de ténis local (CTVRSA), com o apoio da Câmara Municipal (CMVRSA) e da Federação Portuguesa de Ténis (FPT), e distribui 30 mil dólares (cerca de 29 mil euros) em prémios monetários,