Futebol: O Caldas não se dá com os ares da Serra…

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Golo solitário de Ramalho, com ressalto pelo meio, ditou desfecho

 

O Caldas somou a segunda derrota tangencial na temporada, as duas na condição de visitante. Num jogo em que os pelicanos jogaram olhos nos olhos com os serranos e no qual fizeram para merecer até mais do que o empate, um remate de longe desviado foi fundamental na decisão da partida.
A primeira parte do Sporting da Covilhã resume-se praticamente a um lance ao minuto sete, em que a bola colocada na profundidade entre Rodrigo Dias e Edu obrigou Luís Paulo a sair da baliza, acabando por se embrulhar com o adversário, mas sem falta.
De resto, mais posse de bola para o Caldas e domínio total da estatística de jogo, com mais remates, mais remates enquadrados, mais cantos e mais cruzamentos. Contudo, faltou concretizar o maior volume de jogo e o domínio sobre o adversário. E as oportunidades não faltaram. Pisco deu o primeiro sinal na sobra de um canto, com um remate que João Gonçalo largou, mas Miguel Velosa também não acertou na baliza na recarga. Miguel Velosa que também obrigou o guardião a defesa difícil, a meio da primeira parte. A fechar o primeiro tempo, Tarzan solicitou duas vezes Ebah, a primeira em velocidade, mas um defesa bloqueou o remate, e na segunda, para um remate de meia distância que saiu um pouco por cima. O lance começou com um grande passe de Pepo.
Na segunda parte o Sp. Covilhã conseguiu equilibrar em termos de posse de bola e acabou por ter, mais que eficácia, a felicidade que faltou ao Caldas na primeira parte. Num pontapé de canto, a bola desviou num jogador do Caldas e sobrou para Ramalho atirar de primeira, Luís Paulo fez-se ao remate, mas este sofreu novo desvio que o traiu.
Os serranos procuraram, então, segurar a vantagem. O Caldas procurou carregar e ganhou fôlego com as entradas sobretudo de Rafa Pinto e Ricardo Alexandre. Uma combinação dos dois foi a melhor situação para o Caldas chegar ao empate, mas o remate do ex-júnior do Caldas saiu demasiado cruzado.
Antes, Rodrigo Dias foi à frente cabecear num canto, mas a bola saiu à figura do guardião serrano. Houve ainda uma boa combinação à esquerda com um centro que cruzou a pequena área, faltou o desvio certeiro… ■

Momento do jogo

O momento do jogo é o lance que definiu o resultado final. E foi mais um em que o Caldas não teve a sorte do seu lado. Até a forma como o canto foi conquistado pelos serranos parece que tem uma “mãozinha” externa. Paulinho corre à esquerda, Militão faz um corte pela linha lateral, mas a bola ganha tanto efeito que acaba por sair pela linha de fundo, o que até causou uma reação ao capitão do Caldas. No canto, é um desvio involuntário que coloca a bola em Ramalho e é outro desvio que tira a bola do alcance de Luís Paulo… ■

 

Oliveira do Hospital duro de roer

A quarta jornada da Liga 3 traz este sábado ao Campo da Mata o Oliveira do Hospital, adversário que se tem revelado um “osso duro de roer” para os pelicanos nas últimas temporadas. O Caldas não ganhou nenhum dos últimos sete encontros com a equipa do distrito de Coimbra, somando três derrotas e quatro empates, três dos quais nas últimas três partidas entre ambas no Campo da Mata. A última vitória do Caldas sobre o Ol. Hospital foi a 8 de setembro de 2021, encontro da primeira jornada da primeira edição da Liga 3. Com a partida da primeira jornada ainda por disputar, o Ol. Hospital vai chegar às Caldas sem vitórias, mas também sem derrotas… ■