José Sousa esteve em ação de promoção nas Caldas

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José Sousa, ao centro, foi recebido pelos dirigentes da ASZO e das autarquias locais | Joel Ribeiro

O 13º melhor jogador do mundo tornou-se o primeiro português a vencer no Grand Slam, numa das mais importantes provas do calendário internacional

José Sousa, único jogador profissional de setas (dardos) português, esteve no passado dia 9 de dezembro nas Caldas da Rainha numa iniciativa da Associação de Setas da Zona Oeste com vista à promoção de uma modalidade que está, atualmente, parada no país devido à pandemia.
Natural da Azambuja, do distrito de Lisboa, tornou-se, no final do mês passado, o primeiro português, e também o primeiro estreante, a vencer o Grand Slam, torneio anual da Professional Darts Corporation (PDC) ao qual só têm acesso alguns dos melhores jogadores do mundo.
Nas Caldas, o atleta esteve em contacto com os representantes da associação caldense e também gravou uma reportagem a ser emitida pela Sport Tv. À Gazeta das Caldas, José Sousa falou do “grande orgulho” que foi honrar as cores nacionais naquela prestigiante prova, acrescentando esperara que o triunfo seja uma montra que atraia atenções para a modalidade que abraçou.
“Gostava que as pessoas vissem isto como um desporto, e que quem gosta de praticar que acredite e não olhe para trás, porque se eu outros conseguem”, sustentou.
José Sousa, que está atualmente radicado em Espanha, diz que para ser um profissional nos dardos é necessário ter qualidade e trabalhar muito. “Treino em média cinco a seis horas por dia. Também é preciso capacidade de sacrifício, porque viaja-se muito, fica-se longe da família”.
Rui Duarte é presidente da Associação de Setas da Zona Oeste e acredita que os resultados internacionais abrem portas à afirmação da modalidade. Além da vitória no Grand Slam, José Sousa chegou aos oitavos de final da Liga das Nações.
Aproveitar estes resultados a favor da divulgação da modalidade foi o objetivo da ASZO com a vinda de José Sousa às Caldas. “A prática desportiva está parada por causa da pandemia, mas estamos a tentar arrumar a casa para que no próximo ano as coisas aconteçam de outra forma”, refere o presidente.
Com cerca de 300 praticantes, a ASZO está a tentar recuperar de uma fase menos dinâmica da modalidade. Tinha preparada uma prova de grande dimensão nas Caldas para a altura das festas da cidade, que não foi possível de organizar. “Estávamos bastante ativos, com projetos interessantes que ficaram parados”, afirma.
Um dos objetivos passa mesmo por trazer para as Caldas da Rainha a sede da Federação Portuguesa de Setas, que não está em funcionamento, após o ato eleitoral previsto para o início do próximo ano.