Não houve golos, mas houve um grande jogo de futebol

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Gazeta das Caldas
Mesmo na fase de maior intensidade do Vilafranquense o Caldas conseguiu sair com perigo
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Campo do Cevadeiro, Vila Franca de Xira
Árbitro: João Bento, AF Santarém
Assistentes: Daniel Dionísio e Diogo Pereira
VILAFRANQUENSE 0
Carlos; Ruben Freitas, Denis, João Freitas e Tiago Cerveira; Diogo Izata (Ruben Gouveia 55’) e David Moura (C) (Balu 90’); Luquinhas, Luís Pinto e Ragner (Marocas 72’); Gonçalo Gregório
Não utilizados: Rodrigo, Fábio Freire, Yarchuk, Danny
Treinador: Filipe Coelho
CALDAS 0
Luís Paulo [4] (Natalino [3] 78’); Militão [4], Rui Almeida [4] (C), Rony [4] e Clemente [4]; Paulo Inácio [4] e Simões [4]; Januário [3] (André Santos [3] 74’), Felipe Ryan [3] (Cruz [1] 90’+4) e Farinha [3]; João Tarzan [3]
Não utilizados: Cascão, Marcelo, Bé, Araújo
Treinador: José Vala
Disciplina: amarelo a Januário (30’), Rui Almeida (37’), Luquinhas (64’) e Paulo Inácio (90’+5)

Em Vila Franca houve uma grande tarde de futebol, num jogo de fazer corar alguns espectáculos de I Liga. Só faltaram os golos, que podiam ter acontecido nas duas balizas, mas só não aconteceram porque também os guarda-redes quiseram brilhar.
Tondela, Estoril, V. Guimarães, Sp. Braga e Sporting Kansas City pediram acreditações para observar este encontro e não deram a viagem por perdida, nem as mais de 500 pessoas que assistiram ao encontro.
Na ressaca do apuramento para os oitavos de final da Taça (que o Vilafranquense falhou no prolongamento), o Caldas tinha que mudar o foco para o campeonato, logo contra uma das equipas mais fortes da série, que esta época, nos 90 minutos, só perdeu ainda com o Mafra.
O Caldas mostrou desde cedo que queria juntar-se a esta lista restrita. As duas equipas entravam a jogar abertas, a fazer da sua capacidade e pressão ofensivas os seus pontos fortes. Mas foi o Caldas a primeira equipa a criar perigo, primeiro numa jogada a três, com Simões a lançar João Tarzan, este a fazer magia para isolar Farinha, mas o experiente Carlos fez bem a mancha e defendeu com o pé. Depois João Tarzan tentou passar toda a gente do Vilafranquense, conseguiu, mas na altura de rematar Ruben Freitas cortou-lhe o caminho.
O Vilafranquense respondeu de livre, com João Freitas a cabecear para o golo em cima da baliza, mas Luís Paulo estava no sítio certo. Depois Luquinhas imitou João Tarzan, mas não teve força para o remate.
As equipas equivaliam-se de tal forma que empatavam ao intervalo em remates, bem e mal direccionados, cantos e livres.
Na segunda parte o tom do jogo manteve-se, mas na altura de fazer Filipe Coelho apostou tudo no ataque. Primeiro inverteu o triângulo do meio campo, depois colocou um segundo ponta de lança. O Caldas teve que fazer o inverso, mas nem por isso deixou de ter saídas perigosas. E se Luís Paulo fez a defesa da tarde antes de sair lesionado, também Carlos teve que se aplicar para suster um tiro de André Santos.
No fim o empate acabou por ser o resultado mais justo, embora o espectáculo merecesse o sal dos golos. 

José Vala, treinador do Caldas
Um ponto ganho
Foi um jogo intenso. Na primeira parte as melhores oportunidades foram do Caldas e tivemos algum ascendente. Na segunda a entrada do Marocas e a lesão do Luís Paulo levou a algum descontrolo. Houve um futebol mais directo que nos causou algumas dificuldades. Mas também conseguimos algumas transições. É um ponto ganho. Tivemos preocupação de “descer à terra”, foi bom viver aquele sentimento mas era preciso perceber que estamos num campeonato muito competitivo e a resposta foi muito boa.

Filipe Coelho, treinador do Vilafranquense
Emoção de início ao fim
As três equipas estão de parabéns, foi um bom espectáculo, com emoção do início ao fim. A primeira parte mais repartida, uma segunda muito mais nossa, há uma enorme defesa do guarda-redes do Caldas e faltou-nos a felicidade para fazer golo.

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