Volta a Portugal deste ano tem etapa exclusiva no Oeste

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| D.R.

A oitava etapa da Volta a Portugal em bicicleta, disputada a 5 de Agosto, vai ser totalmente percorrida pelas estradas do Oeste, com partida na Nazaré e chegada a Arruda dos Vinhos. A subida ao Montejunto será a grande dificuldade do dia, com um prémio de montanha de segunda categoria, numa das últimas etapas em que os trepadores podem tentar ganhar algum tempo no assalto à vitória final.

A tirada oestina tem um total de 208 km e é a mais longa da Volta nos últimos cinco anos. Dos 12 concelhos do Oeste, apenas Peniche não faz parte do percurso, mas não deixou, por isso, de apoiar esta iniciativa.
Joaquim Gomes, director da corrida e que chegou a defender as cores da região quando correu pela Sicasal, disse que a oportunidade de incluir o Oeste surgiu pela necessidade criar uma ligação entre a etapa de Castelo Branco e a de Setúbal, que não estava prevista mas que fazia sentido no ano em que esta cidade é capital do desporto. “Lancei o desafio à OesteCIM pela ligação que o Oeste tem à modalidade, já foi a região com mais participantes na Volta e na esperança de que possa contribuir para que a região volte a ter mais praticantes”, afirmou.
O director da Volta acredita que vai ser um dia de significado especial, pela dureza do percurso numa altura em que o pelotão está cansado e a corrida a caminhar para a decisão final.
A OesteCIM investe cerca de 100 mil euros para fazer parte da caravana da principal prova do calendário velocipédico nacional, em articulação com o Turismo do Centro. Esta verba é aplicada na promoção da região, quer na forma da marca Oeste, com os painéis da chegada da etapa em Arruda dos Vinhos, a presença no pódio e a distribuição de diversos brindes em todas as etapas, quer dos seus produtos endógenos, com uma tenda presente na feira da Volta, que estará na partida e na chegada de todas as etapas.
Pedro Folgado, presidente da OesteCIM, explica o investimento por se tratar de um “evento importantíssimo, que supera e muito a vertente desportiva” e com uma cobertura mediática muito forte, que constitui “um veículo de promoção por excelência de produtos e de uma região”.
Não existe uma estimativa do retorno que este investimento possa ter, mas Joaquim Gomes serviu-se um estudo encomendado pelo município de Lisboa relativo a 2014 para demonstrar que os proveitos são maiores que o investimento feito. “Em todas as provas desportivas que recebeu, incluindo a final da Liga dos Campeões, Lisboa teve um retorno directo e indirecto na ordem dos 13 milhões de euros, dos quais mais de metade, 7 milhões, foram conseguidos com o investimento na Volta a Portugal”, sustentou.
Em competição, entre 27 de Julho  7 de Agosto, vão estar 18 equipas, incluindo as seis portuguesas. Este ano tem como condimento extra o duelo entre FC Porto e Sporting, que estarão entre as favoritas na discussão da corrida.