
Depois de ter sido funcionária durante 17 anos da pastelaria São Marcos, na rua Eng. Duarte Pacheco, Maria João Sousa decidiu arriscar e passou a ser responsável pela gestão daquele estabelecimento comercial.
A agora empresária, de 38 anos, há dois anos que tinha saído daquela pastelaria e estava a trabalhar no Pingo Doce, mas foi desafiada para passar a gerir a casa. “Nunca tinha pensado em ter o meu próprio negócio, mas aceitei o desafio”, disse.
Com a casa sub-arrendada, Maria João Sousa está contente com os resultados, embora ainda só tenha passado um mês desde que reabriu a pastelaria. “Está tudo a correr de acordo com as expectativas. Os clientes continuam a ser os mesmos, para além daqueles que vêm de fora”, contou.
Para além de um atendimento personalizado e agradável, a nova gerente quer diferenciar-se por ter “preços mais em conta” e bons produtos. Os bolos que vende são da Pastelaria Rebelo (Alfeizerão) e o pão é da Padaria da Ramalhosa (Alvorninha) e da Padaria Henriques (Salir de Matos).
Maria João Sousa foi funcionária da pastelaria São Marcos desde a sua abertura em 1990. “O que eu gosto de fazer é estar aqui e trabalhar com o público”, comentou.
Em relação ao que acontecia há alguns anos atrás, a empresária acha que as pessoas compram menos produtos. O que se vende mais agora do que antigamente, à hora de almoço, são as sopas. “Não servimos refeições, porque legalmente não o podemos fazer porque isto é um café e pastelaria”, salientou, embora adiante que muitas pessoas acabam por almoçar apenas uma sopa ou uma sandes.
Aquilo que serve mais são os cafés. “Devemos tirar uns 200 ou 250 cafés por dia, em média”.
Uma das suas preocupações são os direitos laborais, garantindo que as suas três funcionárias fazem seis horas e meia por dia, com um dia de folga por semana. Faz também questão de pagar um pouco mais do que o ordenado mínimo nacional. “Sei a importância de ser bem tratada como funcionária”, concluiu.