Estudo da PAN Europa colocou maçãs e peras portuguesas como as que contêm mais pesticidas perigosos
A Associação de Produtores de Maça de Alcobaça garante que as maçãs certificadas como Maçã de Alcobaça, IGP não contêm substâncias perigosas. A associação reagiu a um estudo da responsabilidade da rede de ONG “PAN Europa”, que aponta as maçãs e peras cultivadas em Portugal entre as que têm maior quantidade de pesticidas perigosos.
A associação de produtores realça que a Maçã de Alcobaça é certificada quanto à origem, quanto ao processo de produção ecológico, quanto ao processo de qualidade e ainda “por vários sistemas e processos de segurança alimentar”, pelo que “representa o oposto das preocupações, das manchetes, dos conteúdos e de algumas notícias produzidas nos últimos dias”.
A associação apoia-se, ainda, no cumprimento rigoroso de “um caderno de especificações da IGP extremamente apertado”, assim como “vários cadernos de normas e praticas alternativas aos meios químicos, como produtos naturais, técnicas culturais, meios biotécnicos e luta biológica de controle de doenças e de combate às pragas das plantas”. Assim como nas análises realizadas pelas organizações de produtores e também pelas redes de retalho a nível nacional, que são “um dos lugares mais seguros do mundo onde adquirir maçãs”, garante.
Jorge Soares, presidente da APMA, afirma que a associação está há vários anos “em linha com algumas das preocupações da PAN Europa” por “um sistema de produção mais verde, mais equilibrado, mais sustentável, mais limpo e mais ecológico”, garantindo que os consumidores portugueses de Maça de Alcobaça IGP “podem estar confiantes, tranquilos e seguros das suas escolhas”, concluiu.
Alternativas no mar
Um consórcio internacional liderado CAMPOTEC IN – Conservação e Transformação de Hortofrutícolas, que inclui os politécnicos de Leiria, do Cávado e Ave e as universidades de Shannon (Irlanda) e Vorarlberg (Áustria), tem explorado as algas marinhas da costa portuguesa em busca de compostos que permitam substituir os atuais pesticidas usados nos pomares de pera e maçã por soluções mais sustentáveis e naturais.
Durante o último ano, o projeto Orchestra selecionou quatro algas marinhas encontradas entre Peniche e Viana do Castelo com compostos capazes de eliminar fungos responsáveis por problemas como a sarna, a moniliose ou a estenfiliose, doenças que causam grandes prejuízos na atividade frutícola da pereira e da macieira. Os ensaios já foram iniciados em estufa com outras plantas e, em breve, estes novos fungicidas naturais de origem marinha serão testados em pereiras e macieiras. ■






























