Unidade hoteleira caldense não está, atualmente, à venda, indo reabrir no início do próximo mês, depois da primeira fase das obras concluídas
O Caldas Internacional Hotel está atualmente num processo de obras com vista a um upgrade das atuais três para, pelo menos, as quatro estrelas. A unidade hoteleira não está, atualmente, à venda, contrariamente ao que noticiámos recentemente.
À Gazeta das Caldas, o proprietário, Fernando Lúcio, explicou que teve a intenção de vender, nos moldes referidos, mas que depois abandonou essa ideia e avançou para a renovação do hotel, que adquiriu há cerca de 15 anos.
O objetivo do empresário é melhorar a unidade e pedir uma reclassificação. “Tenho a intenção de pedir a reclassificação para, pelo menos, as quatro estrelas”, afirma. Tal implica que “só ficam as paredes e não são todas”, num projeto na ordem dos milhões de euros, que “vai obrigar a fazer um investimento semelhante ao valor que paguei pelo hotel quando o comprei”, esclarece o empresário. “É um esforço financeiro muito grande”, admite. “Só a questão das medidas de autoproteção novas, com sistema digital, custaram centenas de milhares de euros”, exemplificou, notando a importância das mesmas.
Fernando Lúcio nota que o hotel foi bem construído e tem sido mantido, mas tem mais de 30 anos e necessitava de uma renovação.

Acabou por decidir fazer obras profundas, que se iniciaram há um ano e que decorrerão durante mais um ano.
Antes de avançar para as obras, teve a intenção de vender o hotel e colocou-o mesmo à venda, mas atualmente não é esse o foco do empresário. “Se algum dia vier a vender, que não nego”, não será pelos números referidos antes das obras (na ordem dos seis milhões de euros). “Estão desatualizados”, salienta, notando que atualmente o hotel “não está à venda” e que o seu empenho está no finalizar das obras e na reabertura, marcada para o início do mês de fevereiro, com a primeira fase do projeto já concluída, com dois dos quatro pisos de quartos (rés-do-chão e primeiro andar) e a receção já completamente renovados. “Creio que será bom para mim que sou o principal interessado, mas também para as Caldas da Rainha que vai ter uma unidade hoteleira praticamente nova”, afirma o empresário.
O número de quartos será mantido nos atuais 83 e a estrutura e estética do emblemático edifício também será para preservar, ainda que no interior tudo fique diferente.
A intenção de modernizar, de “ir de encontro às exigências dos clientes” e de o reclassificar com mais estrelas, também “acarreta exigências”, que vão desde as dimensões dos quartos ao tipo de colchões e número de espelhos no quarto, mas também ao nível dos equipamentos implica uma modernização. Ao nível do serviço será preciso também uma melhoria e a criação de novas respostas, como o serviço de quartos.
A dificuldade na contratação de recursos humanos qualificados é uma realidade que sente, notando que será necessário reforçar a equipa, que é atualmente de mais de 20 pessoas.

“A hotelaria é muito desgastante e trabalhosa”, admite o empresário, que tem 60 anos dedicados a este setor, dos quais cerca de metade em Macau. É que Fernando Lúcio, que é natural dos Casais da Serra, na freguesia do Landal, cumpriu serviço militar nesse país, onde aos 22 anos abriu o seu primeiro restaurante, com sabores típicos portugueses. Mais tarde, viu o potencial da pousada abandonada da ilha de Coloane, recuperou-a com notas de portugalidade e ganhou prestígio.
Há cerca de 15 anos, já depois da entrega administrativa de Macau à China, acabou por receber uma boa oferta pelo hotel e decidiu regressar à sua terra, adquirindo aqui o Caldas Internacional Hotel, que tem explorado desde então e que considera “a menina dos meus olhos”.
A localização, o estacionamento para 100 viaturas, a sala de eventos com capacidade para 1000 pessoas, as cinco salas de reuniões, sala de jogos, ginásio, cabeleireiro, os três restaurantes, piscina exterior e sauna são atrativos desta unidade e Fernando Lúcio revela ainda que gostaria de vir a ter um spa. ■