O ex-ministro das Finanças de José Sócrates, Luís Campos e Cunha, esteve em Óbidos a 2 de Junho, onde analisou a situação económica actual e deu a conhecer as razões que, na sua opinião, levaram Portugal à inevitabilidade de ter de recorrer à ajuda externa.
Num jantar-debate organizado pela Óbidos.Com e a Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE) – que reuniu na Albergaria Josefa d’Óbidos mais de uma centena de empresários e gestores da região -, Luís Campos e Cunha salientou que o país “teria tido” condições para ultrapassar a crise internacional sem necessitar de recorrer a ajuda externa.
De acordo com nota de imprensa da organização, o convidado salientou que 2009 e 2010 revelaram-se “anos desastrosos” para Portugal, devido a um governo populista, preocupado em ano de eleições em aumentar salários (2,9% para a função pública) a que acresceram um elevado número de promoções, depois de já em 2008 ter baixado o IVA para 20%. “A despesa pública aumentou e agravou-se após a aprovação de diversos projectos de grande envergadura, como novas auto-estradas, novo aeroporto de Lisboa, a aposta em energias renováveis, entre outras medidas”, referiu.
Apesar deste diagnóstico, Luís Campos e Cunha disse continuar a acreditar no sistema democrático português.
Tendo por mote “Portugal tem futuro”, este ciclo de iniciativas irá continuar em Julho, de forma a esclarecer e informar os empresários e gestores da região sobre os temas que fazem a actualidade.