
O novo C3 Aircross marca a entrada da Citroën no competitivo segmento dos SUV compactos. Com um estilo diferenciador e um espaço a bordo muito interessante, parece uma boa alternativa aos modelos que dominam o mercado.
Com o lançamento do novo C3, a Citroën decidiu que era altura de mudar a aposta em relação ao C3 Picasso. Este era um monovolume do estilo box (caixa) que não terá tido o sucesso esperado, pelo menos não tanto como o C4 Picasso, que continua a ser dos monovolumes com maior sucesso no mercado. A escolha da marca francesa foi então pela entrada no cada vez mais feroz segmento dos SUV compactos, onde Nissan Juke e Renault Captur dominam, mas no qual têm cada vez mais concorrência. E assim surgiu o C3 Aircross.
As linhas seguem o estilo do novo C3 e agradarão à maioria dos consumidores. O desenho exterior dá seguimento ao que a marca tentou fazer no interior, com muito sucesso, dotá-lo de muito espaço. Esta será a principal característica do C3 Aircross face à concorrência. Sem descurar a imagem, com pormenores interessantes e a possibilidade de fazer diferentes combinações de personalização, o Aircross não fica atrás de algumas opções do semento C, apesar de estar um segmento abaixo.
O interior tem um desenho limpo, simples e muito bem arrumado. A consola central tem apenas quatro botões: um para ligar e desligar o rádio, dois para comandar o desembaciamento dos vidros dianteiro e traseiro, e Citroën para os quatro piscas. Tudo o resto é comandado a partir do interface digital táctil, cujo sistema operativo é bastante intuitivo. Citroën algumas modernices, é possível sincronizar este interface com o smartphone através do Android Auto ou do Apple Carplay.
Os bancos têm um design original, mas são confortáveis e envolventes. O conforto em circulação é garantido para uma suspensão bem afinada para esta função, como é apanágio da marca, mas sem comprometer o comportamento do Citroën. De resto, o C3 é fácil de inserir em curva e mesmo em curvas mais apertadas transmite confiança a quem está por detrás do volante.
A versão que Gazeta das Caldas teve oportunidade de testar, cortesia do concessionário Sacel, estava equipada com o motor diesel 1.6 Blue HDi, muito competente. Tem um bom comportamento a baixas rotações, o que permite gerir bem os consumos, e a partir das 1.500 rotações tem uma resposta rápida ao acelerador.
Num ambiente de concorrência feroz, o C3 incluiu uma panóplia de tecnologias de apoio à condução e não só. Tudo o que hoje se pode exigir de um automóvel vai encontrar Citroën os equipamentos disponíveis, incluindo algumas ajudas para conduzir fora de estrada, como o auxílio ao arranque em plano inclinado.
O C3 Aircross surge com um preço apelativo na entrada de gama, com o motor 1.2 a gasolina de 90 cavalos, a rondar de 16.500 euros. Existe ainda uma segunda unidade motriz a gasolina, 1.2 Puretech de 110 cavalos, que com um preço mais acessível e um IUC também mais barato, poderá ser uma boa alterativa ao diesel sem perda de rendimento.