Convenção da Adam Global em Óbidos deu a conhecer potencialidades da região a investidores estrangeiros

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Os consultores da Adam Global demonstraram interesse nos projectos turísticos do concelho de Óbidos | Fátima Ferreira
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A consultora internacional Adam Global, perita na internacionalização de negócios e exportações, realizou o seu encontro anual em Óbidos. Os cerca de 50 parceiros envolvidos levaram referências de possíveis negócios em imobiliário, hotelaria e produtos como a fruta e os vinhos e o interesse pessoal em adquirir propriedades na região, segundo afirmou à Gazeta das Caldas o presidente da empresa, Tahir Akhtar.

Neste encontro vários agentes económicos portugueses, assim como os representantes dos municípios de Óbidos e do Bombarral, tiveram oportunidade de fazer apresentações aos cerca de 50 membros da consultora para expor as potencialidades da região e do país, quer para a captação de investimento externo, quer para a internacionalização de produtos existentes.
Para Tahir Akhtar, presidente da Adam Holdings, o grupo que detém a Adam Global, estas apresentações permitiram identificar oportunidades de negócio em imobiliário, tecnologia da informação e outros serviços “que podem vir a resultar em contactos futuros na região de Óbidos e no país”.
O empresário adiantou existirem conversações relativas a projectos hoteleiros e outros no campo das novas tecnologias. De resto, uma das entidades que teve oportunidade de se mostrar neste evento foi o Parque Tecnológico de Óbidos. Neste campo, Tahir Akhtar adiantou que podem ser encetados projectos de parceria com empresas indianas do sector. “Muitos dos nossos parceiros são da Índia e sentimos que é a primeira vez que as empresas portuguesas estão a interagir com as empresas indianas, o que é muito interessante”, revelou.
O que também atraiu o interesse dos consultores da Adam Global foram os vinhos da região. “Alguns parceiros trocaram impressões com produtor porque a qualidade e o preço são excelentes. Está ali uma oportunidade para exportar esses vinhos e há possibilidades também com fruta e outros produtos”, afirmou.
O presidente do grupo Adam desvaloriza os problemas financeiros que Portugal tem atravessado enquanto elemento dissuasor do investimento estrangeiro. “Não é só em Portugal, muitos países têm problemas”, refere. E acrescenta que a consultora não olha para os problemas, mas sim para as oportunidades. “Em cada problema há uma oportunidade e é para essas que estamos a olhar”, sublinha.
Tahir Akhtar diz que estes contactos são apenas o início de um relacionamento com o país e a região. Existe uma delegação da Adam Global em Portugal, coordenada por Ana Rodrigues, que é presidente regional para África, com escritórios em Sintra e Luanda. A partir deste elo de ligação poderá ser criada uma estrutura para dar apoio local.
Para além do interesse profissional, Tahir Akhtar adiantou que vários membros da Adam Global demonstraram interesse pessoal em adquirir propriedades na região, devido ao clima e aos preços “muito razoáveis”.
A Adam Global actua nas soluções de negócios internacionais com operação em mais de 100 países de todos os continentes.

APROVEITAR AS OPORTUNIDADES

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No encerramento dos trabalhos estiveram presentes o presidente do AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal), Miguel Garcia, o representante da Associação Nacional de Pequenas e Médias Empresas (ANPME) em África, Fernando Silva, e a assessora do gabinete da secretária de Estado Adjunta e da Economia, Helga Matos.
Miguel Garcia falou à Gazeta das Caldas da importância de aproveitar estas oportunidades que colocam Portugal e os seus produtos perante pessoas de diversas nacionalidades, no âmbito de criar uma rede de contactos e de troca de informação. “É preciso mostrar as vantagens competitivas de Portugal enquanto destino para investimento porque isso cria postos de trabalho. Normalmente as empresas que se estabelecem não se focam só no mercado local e são os principais exportadores”, referiu.
O presidente do AICEP adiantou que sentiu nos interlocutores alguma surpresa positiva, por existirem “muito mais oportunidades do que estariam à espera”, e acrescenta que cabe às entidades portuguesas “dar seguimento a este interesse e criar pontos em comum”.
Já Fernando Silva, representante da ANPME no mercado africano, salientou que as empresas portuguesas são “um alvo para os investidores estrangeiros” e que existem ferramentas capazes de ajudar os empresários na internacionalização com o programa Portugal 2020 que permitem projectar os seus negócios, por exemplo, nos países da CPLP.
Fernando Silva salientou que Portugal está bem organizado no trabalho em rede a nível externo, mas que há falta de conhecimento desses meios, que tanto podem beneficiar as grandes como as pequenas empresas.
A assessora do secretário de Estado escusou-se a prestar declarações.

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