
Abriu recentemente o In a Park, um bar e club que se localiza no espaço do antigo Parqe, Roque’s e Office, na Rua de Camões. É uma aposta de Ricardo Santos, empresário que há 13 anos abriu o In a Bar, em Rio Maior.
Por Caldas ser “uma cidade diferente” e porque durante muitos anos foi frequentador da noite caldense, decidiu apostar na cidade termal. “Já conhecia o espaço, que é maior que o de Rio Maior e que permite concretizar a ideia inicial que tinha para lá”, explicou Ricardo Santos.
Por outro lado, “Caldas tem cinco vezes a população de Rio Maior”, o que também é um factor a ter em conta na abertura de um negócio.
O estabelecimento, que tem capacidade para 180 pessoas, foi todo alterado, em obras que demoraram seis meses num espaço que é arrendado. O bar, que antigamente era na lateral, agora está ao fundo, tornando o espaço mais amplo. Além disso, foi criada uma zona de serviços que ocupa 25% da área e que contempla uma cozinha, armazém, sala-de-estar para artistas e com um túnel que leva directamente à cabine de som (facilitando as surpresas). A cabine de som é amovível, podendo ser colocada em vários lugares.
Na zona de serviços há ainda um posto de controlo de luzes, qualidade de som e bar. As antigas janelas foram fechadas de vez e até a canalização foi renovada.
Em termos de música, “o critério é a qualidade e quero que seja alternativa, seja ela em que género for”, informou Ricardo Santos, acrescentando que pretende “aproveitar a qualidade que há nas Caldas, que é uma terra que sempre teve muitos artistas”.
No futuro pretende que o In a Park seja uma continuação do Parque D. Carlos I, com decoração vintage e plantas suspensas. Pretende abrir durante o dia, vender comida e criar um espaço para os artistas da cidade pintarem.
“Estamos abertos a parcerias com escolas e associações e a nossa imagem irá ser tratada por alunos da ESAD”, afirmou.
Até à meia-noite o In a Park funciona como bar, depois torna-se um club. A entrada é sempre paga, mas até às duas há oferta de uma bebida.
Essa foi uma das críticas de que o espaço foi alvo neste início, mas Ricardo Santos respondeu que “se as pessoas querem qualidade, segurança, bom ambiente e tranquilidade, têm de pagar, porque isso tem custos”.
Aliás, o empresário acredita que “a falta desses critérios é que levou ao falhanço de outros projectos nestes espaço”.
Segundo o proprietário, no In a Park há critérios de entrada, como por exemplo, proibir gorros, chapéus, fatos de treino, drogas, menores e embriagados.
A abertura deste espaço representa um investimento de 50 mil euros, tendo Ricardo Santos recorrido a financiamento bancário. Permitiu criar cinco postos de trabalho a meio tempo e dois a tempo inteiro.
Em relação aos sonómetros, o empresário diz ser apologista da ideia, apesar de ainda não o ter instalado. “Tínhamos queixas de vizinhos, mas já foram anuladas”, esclareceu.
O In a Park localiza-se na Rua de Camões, nº71 e 73 e está aberto, de terça-feira a sábado, entre as 21h00 e as 6h00.