“Mostra-me a tua zona industrial, dir-te-ei que concelho és…”

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Zona industrial caldense
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Os caldenses e os visitantes não têm a percepção real do estado a que chegaram certas partes da zona industrial caldense, criada há cerca de 35 anos entre a cidade e a Foz do Arelho, em terrenos onde existiu o pinhal camarário e uma lixeira.
Na altura em que foi criada, ainda foi ocupada com várias empresas industriais dos mais variados sectores, desde a cerâmica, produção de velas, à metalomecânica, fabricação de equipamentos e mobiliário, indústria alimentar, entre outras, que possibilitaram a criação de numerosos empregos.
Muitas daquelas empresas estavam viradas para a exportação, com a consequente vantagem de atrair a Portugal muitos clientes e fomentar a criação de importantes fluxos monetários que ajudavam a equilibrar as contas externas e a captação de alguns capitais internacionais.
Contudo, nunca aquela área beneficiou de investimentos públicos condizentes que lhe dessem uma imagem adequada e pudesse captar novos investidores de sectores emergentes, levando a que o declínio de parte daquele espaço acompanhasse o declínio e crise de certos sectores industriais.

A partir de certa altura começou-se a modificar o tipo de empresas, surgindo os sectores dos serviços ou do comércio, com a consequente diminuição de número de trabalhadores e com o aparecimento de todo um outro tipo de esquema funcional.
Também foram feitos novos investimentos na construção de novos pavilhões ou edifícios, que em alguns casos não chegaram a ser concluídos e hoje estão ao abandono, dando um aspecto de degradação a certas partes da zona industrial que afecta as empresas que ainda tentam dar vida aquela área.
Há alguns anos, a AIRO, juntamente com a autarquia, desenvolveu um projecto para melhorar a imagem daquela zona, mas ou o trabalho ficou a meio (e se limitou no essencial à colocação de uma sinalética mais agradável), ou então tinha apenas objectivos de cosmética.
Publicamos nesta edição um conjunto de fotografias de algumas partes da zona industrial que deviam merecer ou exigir uma actuação rápida e drástica naquela área, para evitar que as empresas existentes paguem duramente com o aspecto decadente e degradado que as envolve.
Mas não basta mexer na imagem. Importa criar passeios e zonas verdes que envolvam os edifícios, criar estacionamentos junto às empresas em funcionamento para não manter a anarquia perto dos edifícios e obrigar a limpar e a acabar os edifícios abandonados.
Só a partir daqui é possível vender aquela zona industrial para novos investimentos criadores de emprego. De outra forma, estamos num círculo vicioso, que não augura nenhum bom final.
E para tal basta fazer uma volta por algumas das zonas industriais da região que mostram bem os cuidados diferenciados com que são tratadas.

JLAS

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2 COMENTÁRIOS

  1. Algo de muito estranho se passa na Gazeta! Que com informação apenas coloca ao dispor dos seus leitores aquela que acha real e não a que é na realidade real!
    Vergonha!