
As linhas jovens e dinâmicas e o amadurecimento do conjunto-motriz híbrido, que já é mais barato e eficiente que o diesel, são os principais argumentos do novo Toyota Yaris para o reforço das vendas naquele que é o sector mais agressivo no mercado nacional. A Gazeta das Caldas foi conhecê-lo a Braga numa apresentação à imprensa.
A primeira geração do Yaris foi lançada em 1999 e a cada seis anos o utilitário da Toyota tem merecido uma nova geração. Seis anos passaram sobre o lançamento da terceira, mas desta vez a marca com sede em Aichi (Japão) decidiu-se não por uma nova geração, mas por um upgrade muito focado no funcionamento do carro. O novo Yaris é resultado de 90 milhões de euros de investimento, que resultaram em 900 novos componentes e os benefícios são em toda a linha.
Os melhoramentos estéticos tornam a aparência mais fluída e dinâmica. Para isso contribuiu muito uma frente mergulhante com novos faróis e grelha frontal, um perfil que acentua um ar desportivo e uma traseira que foi muito trabalhada para unificar os grupos ópticos, o portão e o para-choques. As formas das luzes diurnas e as de presença traseiras realçam o tom high-tech com o qual o Yaris quer seduzir os jovens.
Mas é ao nível da condução, do conforto em rolamento e dos novos isolamentos acústicos que o Yaris mais ganhou com as alterações. O novo modelo permite ao condutor uma maior sensação de controlo e segurança, há menos ruído no interior e menos vibração.
O interior também é mais refinado e tem mais tecnologia, com destaque para um novo mostrador de 4,2 polegadas (tamanho próximo de um smartphone) que mostra toda a informação de funcionamento do veículo, incluindo sobre a sinalização de trânsito do Toyota Safety Sense. Este pacote de segurança, que normalmente é pago à parte, está incluído desde as versões mais acessíveis do Yaris e inclui os sensores de pré-colisão, de mudança de faixa de rodagem, o comando automático das luzes de máximos, novos airbags de cortina e pré-tensores nos cintos de segurança do banco traseiro.
A marca aposta ainda na edição especial Square Collection, exclusiva do modelo híbrido e que a Gazeta das Caldas testou em Braga durante a apresentação à imprensa a convite da Caetano Auto, nos dias 19 e 20 de Abril. Esta edição surge como a mais equipada, tem cores exclusivas e o tejadilho de cor diferente, e tem preço base de 21 mil euros. O preço de entrada de gama é de 14.250 euros e a motorização híbrida arranca nos 18.670 euros.
HÍBRIDOS JÁ VALEM 30% DAS VENDAS
O Yaris é o único modelo do segmento B, dos veículos utilitários, cuja gama inclui uma motorização híbrida, que neste caso utiliza um motor a gasolina de 1,5 litros com uma motorização eléctrica. O conjunto tem um consumo médio anunciado de 3,3 litros a cada 100 quilómetros e emissões de 75 gramas de CO2.
A Toyota foi pioneira na tecnologia híbrida e este ano atingiu a significativa marca de 10 milhões de híbridos vendidos em todo o mundo. A tendência da marca é substituir progressivamente a tecnologia diesel, cada vez mais ameaçada pelas normas ambientais e pelos custos de desenvolvimento. No Yaris o modelo híbrido já é mais acessível que o diesel e desde o seu lançamento em 2012 este conjunto-motriz tem crescido de forma significativa na escolha dos consumidores. Em 2016 equipou 30% dos Yaris vendidos em Portugal e o objectivo é que este ano represente 40% das vendas.
A Toyota está a desenvolver este conjunto-motriz através de um sistema que recolhe dados sobre as distâncias, os tempos e as velocidades médias dos test-drives. Estas informações podem ser descarregadas e visualizadas pelo condutor usando uma aplicação móvel para smartphone ou tablet. O condutor pode comparar os seus dados com os de outros condutores.
No caso do Yaris, são já 900 os condutores que utilizam o sistema, que já contabilizou mais de meio milhão de quilómetros nos ambientes mais diversos, com resultados muito interessantes. Por exemplo, este sistema de telemetria indica que em média estes 900 Yaris estiveram a funcionar 54% do tempo e cumpriram 37% da distância em modo puramente eléctrico, com um consumo médio real de 5 litros por cada 100 km.
Em Braga, os jornalistas foram convidados a realizar o percurso da street stage do Rally de Portugal com o Yaris Híbrido, não para medir o melhor tempo, mas para aferir os melhores consumos. O Yaris conduzido pela Gazeta das Caldas fez praticamente todo o percurso em modo eléctrico. No entanto, como iniciou o percurso com a bateria praticamente descarregada, a utilização do motor a gasolina para dar carga à bateria enquanto o veículo esteve parado num semáforo fez o consumo médio subir aos 6,4 l/100 km. O melhor registo dos convidados foi de 2,6 litros, o pior ascendeu aos 10 litros. J.R.