Oceano Fresco tem nova embarcação para exploração de bivalves

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Bernardo Carvalho, fundador e CEO da Oceano Fresco, no centro de incubação da Oceano Fresco
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Empresa com base na Nazaré quer tornar-se no maior produtor do mundo de amêijoa em mar aberto

A Oceano Fresco, empresa que tem sede na Nazaré e se dedica à produção sustentável de bivalves, lançou à água uma nova embarcação, num ato que contou com a presença do ministro do Mar, Ricardo Serrão Santos.
Denominada Oceano Fresco I, a embarcação é resultado de dois anos de trabalho, foi construída em Peniche, pela Penimar – Reparação e Construção Naval e contou com financiamento do Mar2020.
“A nova embarcação pretende reforçar a capacidade operacional no cultivo sustentável de bivalves em mar aberto”, explicou a empresa à Gazeta das Caldas.
Esta é uma nova etapa no projeto da Oceano Fresco, que em agosto de 2020 iniciou a produção de sementes de amêijoa no Centro Bio Marinho na Nazaré, “um projeto pioneiro a nível europeu”, sublinha a empresa, que incluiu a maternidade dos bivalves, um laboratório com I&D e escritórios.
Antes, em junho do mesmo ano, concluiu a instalação do viveiro em mar aberto no Algarve, mais precisamente em Alvor, com uma área de 100 hectares e uma capacidade para produzir 600 toneladas de amêijoa por ano. O projeto da empresa permite assumir o controlo total do ciclo produtivo deste bivalve.
A produção arrancou, então, em 2021, com a saída da maternidade de mais de 50 milhões de sementes de amêijoa para crescerem até idade adulta, “bem e rápido”, em mar aberto, nota a Oceano Fresco. Para este ano, o objetivo da empresa é criar mais escala através do aumento de produtividade de cultivo.
O objetivo da empresa é fornecer um mercado no qual a procura “excede largamente a oferta” com um produto produzido de modo sustentável, com “alta qualidade e valor”, afirma a empresa.
A produção tem como destino maioritariamente o mercado europeu, “mas também outras regiões, como Japão e Coreia do Sul”, adianta a Oceano Fresco. Fundada por Bernardo Carvalho e com sede na Nazaré, a Oceano Fresco pretende mesmo tornar-se “a maior produtora de amêijoas em mar aberto do mundo”, “referência mundial de sustentabilidade” e também “responsável pelo crescimento de uma indústria avaliada em 20 mil milhões de euros”.
Nos últimos anos, a Oeste Fresco, que emprega 27 pessoas, conseguiu financiamentos na ordem dos 18 milhões de euros, 7,5 milhões em investimentos de capital na fase seed e 4,2 milhões em incentivos públicos. Mais recentemente em novembro de 2021 a Oceano Fresco anunciou uma ronda serie B de 6,1 milhões de euros com novos acionistas AquaSpark e Semapa Next.

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