Projecto do Montepio para o edifício da EDP está atrasado

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Depois de pago o sinal para a compra do edifício da EDP, o Montepio Rainha D. Leonor ainda não concretizou o negócio. Segundo a direcção daquela associação mutualista, a demora deve-se à própria EDP que pediu um adiamento do prazo para libertar as instalações onde se pretende construir o maior hospital privado das Caldas. Marques Pereira, presidente da Direcção do Montepio, diz que ainda está em negociações com os bancos para obter um financiamento de cinco milhões de euros, mas acredita que o projecto poderá estará concluído em finais de 2020.

O Montepio Rainha D. Leonor anda à procura de um financiamento de 5 milhões de euros para poder avançar com o projecto das novas instalações no edifício da EDP. O imóvel vale 1,5 milhões de euros e as obras associadas 3,6 milhões.
Para pagar o edifício, o Montepio tenciona fazer uma permuta com a EDP que consiste em atribuir-lhe três imóveis que possui no Bairro da Ponte entre as ruas Dr. Leonel Cardoso e Dr. Fernando Correia, perto dos Pimpões. Trata-se de uma garagem mais dois prédios com primeiro andar, avaliados em 176 mil euros.
Os restantes 1,3 milhões de euros para a compra do edifício estão a ser negociados com o BCP, a CGD e o Banco Montepio, disse à Gazeta das Caldas o presidente da direcção da associação mutualista, Marques Pereira. Mas são ainda necessários mais 3,6 milhões de euros para fazer obras no edifício, o que faz com que as necessidades de financiamento ascendam a quase 5 milhões de euros.
Desde Dezembro de 2018, o Montepio Rainha D. Leonor conta com um novo conselho de administração, do qual também fazem parte Graça Santos e Jorge Redondo, ambos quadros da EDP, agora já retirados. José Manuel Netas, que é quadro do Montepio, fez também parte do conselho de administração em Dezembro passado, mas saiu, mantendo-se como secretário-geral da instituição. Marques Pereira explica que houve algum atraso no projecto do novo hospital porque a própria EDP teve dificuldades em fazer a mudança para novas instalações que a empresa está a adaptar num terreno ao lado, tendo pedido um adiamento até 30 de Junho deste ano.
“Isso retirou algum vapor às negociações com a banca”, conta Marques Pereira. “Retomámos o processo de financiamento no início do ano e não tenho dúvidas de que faremos a escritura ainda este ano”, prosseguiu.
O responsável pelo Montepio nega quaisquer dificuldades com a obtenção de financiamento, “a não ser as habituais decorrentes da burocracia e da papelada”, e espera ter todo o processo terminado até Dezembro. “No primeiro trimestre de 2020 estaremos a começar a obra”, disse, admitindo que já falhou o prazo de fazer a inauguração em 11 de Março do próximo ano quando o Montepio comemorar 160 anos.
A mesma fonte reconhece que “os projectos de especialidade são muito complicados e obrigam a mudanças radicais no edifício”.
O Montepio Rainha D. Leonor conta com 220 trabalhadores e facturou em 2017 cerca de 6,5 milhões de euros, valor que subiu para 6,8 milhões de euros em 2018.

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