Propostas de Natal da Braz Gil à venda no Jardim d’Arte

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O conjunto das esculturas dedicado ao Boi-Bumbá que foi oferecido ao Governo do Estado da Amazonas

Árvores de Natal, uma litofania com uma paisagem da Lapónia – a terra do Pai Natal, árvores de Natal, pendentes, presépios. Estas são algumas das propostas da Braz Gil Studio para esta época natalícia, e todas estão à venda nas lojas da manufactura, no Jardim d’Arte, ao Imaginário nas Caldas da Rainha.

Em tempos de contenção, a ideia foi concentrar naqueles espaços os artigos que têm a ver com a época festiva. Peças de decoração em biscuit, com o branco a dar o tom, com “uma faixa de preços acessível a qualquer bolsa”, garante Joaquim Braz Gil, proprietário da empresa.

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Já Pedro Braz Gil, o criativo da manufactura, garante que estas peças podem ser prendas originais, porque “as peças da Braz Gil são sempre diferentes”, e estão à venda especialmente ali.

Mas há mais que as lojas da Braz Gil no Jardim d’Arte. Os promotores do empreendimento reiteram que este é “um espaço onde se pode descomprimir e onde as crianças podem correr”, ideal para um momento de descanso ou um passeio em família. E para confortar o estômago, o restaurante Rosa Brava apresenta agora uma oferta renovada.

Além dos pratos que compõem a ementa, há um Especial Menu, com prato do dia, bebida (água, refrigerante ou vinho da casa a copo) e café. E é com pratos tradicionais que se faz este Especial Menu: Feijoada à Transmontana na terça-feira, Filetes de Pescada com Arroz de Tomate na quarta, Rojões à Minhota na quinta, Chanfana à moda da Bairrada na sexta-feira, Bacalhau com Brôa no sábado e Cozido à Portuguesa aos domingos.

À comida tradicional, junta-se como atractivo uma vista privilegiada sobre o lago e a vegetação que pintam o Jardim.

Brasileiros interessados no saber da manufactura caldense

Em finais de Outubro a Braz Gil Studio esteve em terras brasileiras, a convite do governo do Estado do Amazonas e da Feira Internacional de Manaus, que manifestaram o interesse em ver a manufactura caldense a operar ali.

“Aquilo que eles desejam é o nosso know how“, diz Pedro Braz Gil, garantindo que o Brasil tem um imenso potencial na área da cerâmica, que no Estado do Amazonas tem pouca representação, apesar de ter ali grandes jazigos de matéria-prima para a porcelana. O criativo considera que caso o projecto de intercâmbio avance, “o primeiro trabalho a fazer seria reunir toda a informação acerca do espólio cultural deles”, o que passaria pelo levantamento da fauna e flora locais, do imenso espólio índio, dos padrões aos tecidos, entre outros aspectos.

O objectivo: criar uma marca própria – “Amazónia ou Amazonas, evocando a figura feminina, a arte mãe”, sugere Pedro. E essa marca poderia incluir uma imensidão de artigos, do têxtil à porcelana, “aproveitando tudo aquilo que já existe, e a informação a recolher”.

Para que este trabalho tenha sucesso, Pedro Braz Gil considera que é fundamental que seja criada uma equipa multidisciplinar, com um arquitecto, um designer, um pintor, entre outros. “E não se pode cair nos mesmos erros que nós caímos”, salienta. É que neste momento aquele Estado tem muito dinheiro para investir, fruto da presença de muitas empresas internacionais. “Nós também já fomos subcontratados pelo mundo todo e nada resultou, não aproveitámos esse dinheiro para criar uma marca, para evoluir, para criarmos empresas sólidas nossas”, aponta Pedro.

Neste projecto, “a Braz Gil poderá funcionar aqui como uma empresa que tem o know how, que tem as pessoas, que tem a estrutura, que tem o produto”, uma empresa que pode funcionar “como o pólo de desenvolvimento das colecções e das peças a lançar, sem ter que se criar, pelo menos para já, uma estrutura no Brasil. Isso já existe cá”.

A Braz Gil ofereceu ao governo do Amazonas uma amostra da criatividade e qualidade da sua produção: duas peças dedicadas ao Boi-Bumbá, uma dança folclórica que junta personagens humanas e animais fantásticos e que gira em torno da morte e ressurreição de um boi. Uma representação cultural tão importante que dá o mote ao Festival Folclórico de Parintins, um evento de três dias que se realiza desde 1965, em que duas associações, representadas por um boi vermelho e outro azul, exploram as lendas, os rituais das tribos indígenas e os costumes das gentes locais.

As peças motivaram logo um grande interesse do outro lado do Atlântico e por cá também já há encomendas. Quanto ao projecto de cooperação com o estado do Amazonas, Pedro Braz Gil diz que “se eles fizerem uma proposta aceitável, vai avançar”.

 

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