Restaurante Maze reforça oferta hoteleira no Bom Sucesso

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Jonathan Winfield
O ex-polícia Jonathan Winfield é o rosto do Restaurante Maze
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Maze significa labirinto em português. E é verdade que a chegada a este restaurante tem o seu quê de labiríntico, desde logo pelo controlo à entrada do Bom Sucesso Design Resort, Leisure & Golf onde existe uma espécie de check point que filtra os acessos das pessoas ao complexo. E depois porque o Maze – tal como o restaurante Viva Maria, umas centenas de metros mais abaixo – também tem a entrada pelo tecto, isto é, desce-se por um terraço até um pátio a partir do qual se acede ao restaurante.

Uma vez lá em baixo, a coisa está longe de ser claustrofóbica. Antes pelo contrário. A decoração é agradável e despojada, com linhas direitas e um bom gosto perfeitamente adequado ao estilo do resort.
Jonathan Winfield é o rosto do Maze. Natural de Londres, representa os interesses do seu patrão, Peter Hamill, também londrino, e que possui na capital inglesa o Maze Inn e ainda um pub.
Em comum têm ambos o gosto pelo golfe e o facto de estarem a construir casa em Portugal – Jonathan em A-dos-Cunhados, e Peter no próprio Bom Sucesso Resort.
“Este é um restaurante moderno, dirigido a toda a família e é complementar ao outro restaurante do resort porque tem preços menos caros. Pode-se comer desde uma pizza por oito ou nove euros, até um prato mais elaborado”, diz o gerente.
A clientela é 90% estrangeira, sobretudo inglesa, mas também holandesa, irlandesa e espanhola. A maioria é do próprio complexo turístico-residencial ou do vizinho resort Serra d’El Rey. No Inverno que se aproxima Jonathan Winfield quer apostar também nos portugueses e considera que a cidade mais próxima – Caldas da Rainha – pode constituir um bom mercado.
No jantar da passada segunda-feira o restaurante estava, surpreendentemente, cheio. O manager explica porquê: “esta é uma semana de férias escolares na Inglaterra e houve muita gente que aproveitou para vir a Portugal”. Certo. Daí a existência de tanta famílias a jantar como se estivéssemos  em pleno época de Verão.
Este projecto emprega sete pessoas a tempo inteiro mais o próprio gerente. No Verão pode ter mais quatro a seis colaboradores e Jonathan Winfield quer estabelecer parcerias com a Escola de Hotelaria do Oeste a fim de receber alunos.
Quanto ao montante do investimento, diz que não sabe. “E creio que o meu patrão também não diria, mas posso dizer que só equipamento para as cozinhas custou 50 mil euros”, diz o manager.
E porquê abrir um restaurante em Portugal em plena maré de recessão?
“É preciso ter confiança no futuro. Há altos e baixos e programas de austeridade há em todos os países. Em Inglaterra há agora um muito mais duro do que em Portugal. Mas há-de haver sempre turismo e com marketing e ofertas razoáveis, é possível”, diz Jonathan Winfield num português correcto.
É que este inglês de 59 anos começou a sua carreira hoteleira em Portugal, entre 1970 e 1974, no Hotel D. Filipa, em Vale do Lobo. Depois voltou para a velha Albion, tendo também trabalhado em hotéis na Irlanda. Mas abraçou entretanto outra profissão – polícia. Nos últimos 13 anos Jonathan Winfield esteve no departamento de protecção da família real e pode-se dizer que não haverá muitos súbditos de Sua Majestade que tenham estado tantas vezes perto de Isabel II como ele. “Este Verão, quando vim para Portugal, foi o primeiro em 13 anos em que não estive junto  da Rainha na Escócia”, conta, divertido, pois até agora fazia parte das suas funções acompanhar e proteger a família real durante a época estival.
Reformado há um ano, sem nunca ter esquecido o português que aprendeu no Algarve nos anos setenta (e que lhe foi útil na polícia londrina como intérprete) e falando também espanhol e francês, Jonathan foi a escolha certa do seu amigo e patrão, Peter, para abrir um restaurante no Bom Sucesso. “Sou mais um reformado inglês em Portugal, mas que está a trabalhar”, diz, rindo-se. “E trabalho agora mais horas por dia do que quando estava na polícia!…”
O Maze tem massas entre os 7 e os 11 euros, saladas a 8 euros e pratos mais elaborados que podem ir dos 12 aos 19 euros. Destaque para o lombo de garoupa com açorda de marisco, os papillotes de robalo com berbigão, os bacalhaus e o caril de camarão. Nas carnes a sugestão vai para o peito de frango recheado com farinheira, costeleta de borrega com mostarda antiga ou tornedó de novilho com redução de vinho do Porto.
O restaurante está aberto todos os dias ao almoço e ao jantar.

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