O Município da Nazaré estima que serão necessários mais de 2 milhões de euros para adequar as infraestruturas de ensino do concelho às necessidades da comunidade educativa.
Numa moção, aprovada na reunião de Câmara de 6 de setembro, o executivo justifica a necessidade de investimento “para debelar as atuais fragilidades evidenciadas” e que irão “a médio prazo, colocar em causa a igualdade de oportunidades, entre alunos, dos diferentes concelhos, uma vez que a capacidade financeira e operacional do município é muito divergente e a promoção de desigualdades tende a incrementar, nos próximos anos”.
O autarca destaca que as atuais infraestruturas sob gestão do município não dão uma resposta de elevada qualidade às necessidades educativas do concelho, uma vez que o projeto original de expansão da Escola Amadeu Gaudêncio “nunca se efetivou e a oferta educativa pública representa hoje, entre 100% e 85% (dependo do nível de ensino) da realidade local”.
De acordo com o Agrupamento de Escolas da Nazaré o ano letivo de 2024/2025 teve início com “um número insuficiente de salas de aula disponíveis em relação à quantidade de turmas que estão formadas e aprovadas em rede”, adiantou o município.
A escola dispõe de 36 salas de aula, enquanto o número de turmas alojadas é de 42, o que significa que há um deficit de 6 salas. A Câmara da Nazaré considera que a superlotação dos espaços disponíveis resulta “num ambiente de aprendizagem menos propício” e defende que “é imprescindível a criação de mais salas de aula”.
O município reclama pela concretização da terceira fase da Escola Amadeu Gaudêncio, que nunca foi realizada. A falta de expansão do imóvel e a sua adequação em termos de segurança preocupam a autarquia, que considera como necessário um investimento “superior a 2 milhões de euros para debelar as atuais fragilidades evidenciadas”. ■