Já aqui falei várias vezes de equipas de excelência. Tenho trabalhado com várias destas equipas. Organizações sucedidas, dedicadas à sua causa, que fazem o melhor que sabem, diariamente. Que se propõem, constantemente, alcançar objetivos e que, para isso, superam dificuldades e aceitam desafios. Nós temos por hábito achar que estas questões das equipas de alto rendimento e/ou equipas de excelência são sempre as equipas dos outros. A não ser que explicitamente estas pessoas sejam condecoradas ou formalmente designadas, como o é a seleção nacional.
Mas não, as equipas de alto rendimento podem ser e, muitas vezes são, as nossas equipas. Ainda que por momentos. Muitas vezes o que falta é uma consciência mais clara ou uma maior sistematização dos procedimentos. E não muito mais que isso…
Há, porém, uma questão essencial: a forma como as pessoas que ali estão, naquela equipa, conseguem, simultaneamente, dar o seu melhor em prol de todos e também são capazes de se questionar individualmente. Muitas vezes, trabalho com equipas assim, com ótimos resultados, que superam as estatísticas. E o que mais toca e faz “mexer” estas pessoas é a forma como, num contexto diferente e criado para o efeito, as pessoas se revelam e passam a conhecer coisas, uns dos outros, que até ali desconheciam. Mas também coisas sobre si próprias. Por exemplo, o quanto uma chefia que é considerada uma chefia exemplar, toma nota das suas vulnerabilidades e dá por si a assistir a toda a sua equipa fazer um exercício que ela própria não consegue (Ou o quanto uma equipa perita em estatística, ao resolver uma simples equação matemática não respeita as regras da prioridade em matemática) São equipas. Mas são sobretudo pessoas que ali estão. E que, muitas vezes, o foco no trabalho e no produto final não permite ou não favorece que seja identificado, reconhecido e potenciado todo o seu potencial humano.
Um teambuilding é uma atividade estruturada fundamental para que que criem estes momentos e se desbloqueie o potencial que muito facilmente permanece encerrado no âmago de cada um. Tratam-se de exercício simples, de diferentes naturezas, que têm exatamente esse objetivo. E que são acompanhados de reflexão, de perguntas e de devoluções. Como se aquele momento fosse um espelho e deixasse livre a criatividade de cada um e de todos, para formar aquela que é a sua alma mater: equipa.
Desejo a tod@s Festas Felizes.