Em finais de 2008, estava a fábrica de Faianças Bordalo Pinheiro em situação bastante periclitante e a anunciar a eclosão de grave crise, quando uma empresária (Catarina Portas), uma artista(Joana Vasconcelos) e o Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, levaram a cabo um projeto de relançamento da marca Bordalo Pinheiro, primeiro numa exposição no Parque Eduardo VII e depois no Museu da Cidade, que permitiu um primeiro novo fôlego à empresa secular caldense.
Quem era esse Presidente da edilidade lisboeta que, com a sua atitude voluntarista, ajudou a salvar a empresa caldense? Nem mais nem menos que o Dr. António Costa, líder do Partido Socialista a partir de 2015 e desde há quase uma década 1º ministro, que se disse admirador de Bordalo Pinheiro e das suas criações nas Caldas da Rainha, em 10 de Abril de 2019, quando inaugurou a expansão da fábrica de faianças caldense, situada na Zona Industrial.
Na altura António Costa lembrou que anos antes “reunimos e a Elsa Rebelo fez-me apaixonar pelos moldes e a criação de Rafael Bordalo Pinheiro e ver o potencial que aqui estava”.
Gazeta das Caldas, ouviu António Costa nas Caldas dessa vez, vangloriar-se destes feitos, pelo que não acredita que é o mesmo chefe de um governo que quer, por razões aritméticas de proximidade geográfica, degolar o hospital e a tradição de cuidados hospitalares que Caldas da Rainha tem há mais de quinhentos anos e que destruirá o ânimo da cidade de Bordalo Pinheiro, que tanto se bateu pelas suas instituições, incluindo as hospitalares. ■