Oeste. Hospitais. Quando a ciência faz parte da equação. Carta Aberta aos Autarcas da Comunidade Intermunicipal do Oeste

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Aqui chegados! Qual a melhor tomada de decisão?

A decisão da edificação de um hospital e da sua melhor localização, segundo o saber técnico holístico tem de respeitar vários parâmetros.

O mercado. Conhecer a população destinatária e sua faixa etária, sua residência, mobilidade rodoviária e ferroviária e a rede de transportes locais.

O perfil e dimensão. A unidades hospitalares de proximidade, terão disponibilizar a prestação de serviços, ajustadas à sua realidade e ao nível do melhor estado da arte clínica e técnica.

Respeitar os destinatários, nomeadamente os idosos e cidadãos com saúde mais frágil e de rendimento mais baixos .

Os profissionais. Mais atractividade. Mais satisfação profissional. Melhor conciliação emprego/ família. Menos despesas de deslocação e mais tempo livre.

O SNS! Uma conquista do 25 de Abril, deve manter-se capaz de satisfazer as necessidades, em saúde e a acessibilidade aos mesmos, conforme direito constitucional.

É verdade! que uma resolução do Conselho de Ministros de 28 de Agosto de 2008, aprovou a edificação do Hospital Oeste Norte, o qual por disputa da sua localização, entre os autarcas de Caldas da Rainha e de Alcobaça, não seguiu o seu caminho. Sou mentor deste projeto desde 2001.

Hoje, com base no meu conhecimento sobre esta temática somos, desde 2020 defensores da edificação de 2 unidades hospitalares: Hospital Oeste Norte, Caldas da Rainha e o Hospital Oeste Sul, Torres Vedras.

Sim! O investimento em instalações e equipamentos é cerca de 1/3 superior, não mais, porque serão unidade gêmeas, construídas em complementaridade, técnica, orgânica e logística.

E sobre a mesma Unidade de Técnica Clínica e de governação.

Mas a enorme redução da emissão de gases pela poluição de rodoviária, a elevada poupança de encargos financeiros com a deslocação de viaturas particulares , de fornecedores e ambulâncias são factores que potenciam a recuperação deste investimento superior, em cerca de 4 anos.

Defendemos hospitais proximidade de nível II , 250 camas a 25 minutos de 250 000 habitantes ( população residente , flutuante e potencial ) atraídas pela excelência e referência dos seus níveis de qualidade e performance de prestação serviços: em termos da atitude motivacional , técnica e humana dos seus profissionais.

À semelhança e equivalência dos atuais hospitais: Vila Franca e Cascais.

Mas que pela sua complementaridade terão os recursos técnicos e a diferenciação clínica de nível III, à semelhança dos Hospitais de: Leiria e Santarém.

Estes hospitais serão alavancas de desenvolvimento regional, de atração turística e aumento residencial para beleza e qualidade de vida no oeste. Potenciam o negócio crescente do turismo e do turismo de saúde, também potenciado pelo termalismo turístico, de lazer e promoção da saúde.

A proposta de localização em Campelos , Bombarral, não encontra suporte argumentário na ciência, na logística e numa base assertiva e técnica para a proposta desta solução.

Não cumpre os requisitos e normas técnicas emanados pela Direção Geral das Construções Hospitalares, relativamente aos critérios de localização de unidades hospitalares.

Aqueles que duvidam da razoabilidade desta solução ” Twins Hospitals” : Oeste Norte e Oeste Sul, promovam inquéritos às populações destinatárias e junto dos profissionais dos atuais hospitais de Caldas da Rainha e de Torres Vedras.

Podem também questionar sobre a atitude de 30% dos profissionais médicos e outros, sobre a possibilidade de abandonarem a sua carreira profissional no SNS, no Oeste.

Faltam os argumentos baseados em uma visão holística , equidade regional e de respeito pelos direitos consignados na CRP( Constituição da República Portuguesa ).

Temos hoje, o que decidimos ontem. Teremos amanhã, o que decidirmos hoje.

É uma urgência sanitária! É uma urgência no respeito pelos direitos constitucionais das pessoas destinatárias e cumprir o futuro.

É preciso honrar o passado, respeitar o presente e construir o futuro.

“Tentar construir o futuro é altamente arriscado. É menos arriscado, no entanto, do que tentar não o fazer” Peter Drucker

Assim, vimos solicitar a V.Exas que se encontrem na defesa da melhor solução para os destinatários e profissionais e no cumprimentos dos vossos deveres como Autarcas, defesa e promoção dos superiores interesses dos fregueses.

A construção do futuro, começa hoje!

A população atual e as novas gerações merecem e têm o direito à concretização do seu bem-estar, coletivo e individual.

Seremos julgados pelo que fizermos e, sobretudo, pelo que não fizemos e poderíamos ter feito.

Até final 2024! Obrigado pelo Vosso interesse e atitude futurista assertiva!

José Marques

Provedor do Utente da ULSO