Responsabilidade individual

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A Responsabilidade Social das Empresas foi instituída na Europa, no início deste século, com o objetivo de persuadir as empresas, de forma voluntária, a se comprometerem com comportamentos respeitadores das responsabilidades sociais, económicas e ambientais.
A responsabilidade individual de cada cidadão, também de caráter ético e adesão voluntária, está diretamente ligada à exigência que cada cidadão se coloca a si próprio. Neste início de 2022, quando as exigências decorrentes da covid se impõem a cada um de forma cada vez maior, constatamos que cabe ao Cidadão e só a si próprio, assumir comportamentos que o defendam mas não afetem a comunidade, familiar ou não, que o cerca. Isto deve significar que cada um de nós, como indivíduos na sociedade, devemos agir ética e responsavelmente, independentemente do aparelho público ou social sancionatório, cumprindo as normas e regras julgadas socialmente exigíveis, como respeitar as regras de comportamento, as obrigações fiscais e financeiras para com o Estado e a sociedade.
Quantos de nós consideram aceitável e justificável, não cumprir a respetiva missão da melhor forma, provocando consciente ou inconscientemente atrasos, desvios, erros, lapsos, que a todos prejudicam e que diminuem o resultado qualitativo e quantitativo do respetivo trabalho? Quantas vezes o nepotismo, a cunha, o favor, ultrapassam o dever de equidade e de justiça na sociedade em que vivemos? Se a produtividade portuguesa é das mais baixas e consequentemente o nível de vida, uma parte considerável dessa marca deve-se a estas ineficiências a que a maioria é insensível.
Se há um voto que gostaríamos de deixar neste início de ano é que os portugueses iniciem uma revolução íntima no sentido de inverter estes hábitos nefastos tão arreigados em todos nós. ■