
“Para quem participou activamente na campanha, como foi o meu caso, soube-me a pouco, mas foi um bom resultado”. Este o sentimento de Teresa Serrenho, directora da campanha de Fernando Nobre no distrito de Leiria, onde o candidato teve um resultado acima da média nacional.
Nas Caldas da Rainha Fernando Nobre ganhou a Manuel Alegre, tendo sido o segundo mais votado, com mais de 17% das intenções de voto. A responsável reconhece que este concelho foi um “bom exemplo” e destaca que foi bastante saudada pelo seu empenhamento, inclusive pelo candidato.
Teresa Serrenho destaca o bom grupo de trabalho que teve a apoiá-la e reconhece que a experiência da candidatura à Junta de Freguesia de Nossa Senhora do Pópulo, pelo Movimento de cidadania “Viver o Concelho” acabou por lhe “sortir efeito”.
A directora de campanha no distrito não festejou os resultados na sede caldense, mas sim em Lisboa, junto com Fernando Nobre. “Foi uma festa feita por cidadãos que não se conheciam e partilharam os mesmos ideais e sonhos”, disse, realçando que ali não houve “nenhuma espécie de partidarite”.
A responsável diz mesmo que este resultado é o exemplo de que a cidadania participativa é possível e que os partidos têm que se renovar e abrirem-se aos cidadãos.
Teresa Serrenho concorda com a afirmação de Fernando Nobre quando salienta que a “candidatura da cidadania foi a vencedora das eleições”, sobretudo depois de uma campanha atribulada. A responsável denuncia as ameaças, pouco acompanhamento por parte da comunicação social e boicote, referindo-se à dificuldade que muitos cidadãos sentiram para conseguir votar.
“O facto do cartão do cidadão não funcionar é inadmissível”, realçou, acrescentando que “num país desenvolvido era o suficiente para se impugnar as eleições”.
Para Teresa Serrenho esta campanha teve o mérito de tornar Fernando Nobre mais conhecido da população, e não apenas de quem segue o seu trabalho humanitário. Considera que caso pretenda recandidatar-se, daqui por cinco anos, terá muitas possibilidades, mas deverá “continuar a aparecer” durante este período.
A presidente do movimento cívico diz que vai continuar o seu trabalho, e estão a preparar a assembleia geral e calendário para 2011.
“Não vou deixar de intervir no sentido cívico, é muito importante que as pessoas discutam os problemas”, disse, destacando que se estas não estiverem informadas não poderão decidir em consciência.
Fátima Ferreira
fferreira@gazetadascaldas.pt