CDU aposta na defesa do termalismo como “sector estruturante do concelho”

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Notícias das Caldas
D.R.

O cenógrafo e actor José Carlos Faria é o candidato à presidência da Câmara das Caldas da Rainha pela CDU. Na apresentação pública, feita a 28 de Fevereiro e que reuniu perto de meia centena de militantes e simpatizantes, o candidato assumiu a defesa do termalismo, da escola pública, da Linha do Oeste, assim como o incremento do sector cerâmico, revitalização do comércio tradicional e valorização das potencialidades da agricultura.
A CDU, que voltará a ter VÍtor Fernandes como candidato à Assembleia Municipal, quer concorrer, pelo menos às mesmas 10 freguesias que em 2009.

“A CDU quer colocar as Caldas da Rainha no mapa”. As palavras são de José Carlos Faria, que considera que as Caldas é suficientemente importante para ser considerada enquanto tal e não mais ser vista como arredores de Óbidos como refere o Guia do Routard, publicado pela Gazeta das Caldas.

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O candidato assumiu, em primeiro lugar, a defesa do termalismo como “sector estruturante do concelho”, que permitirá também o relançamento do turismo e salvaguardar o Hospital Termal da “gula voraz dos apetites privatizadores”. José Carlos Faria considera que o ministro da Saúde, Paulo Macedo, colocou em causa o Serviço Nacional de Saúde e acha que as propostas que recomendam a privatização do hospital são de uma “inconsequência e desinformação revoltantes” e que desprezam as virtudes terapêuticas das águas.
O candidato da CDU realça que a saúde “é um direito, não é um negócio” e que as Caldas da Rainha “não pode ser o centro de um deserto gerado pela perda de valências e especialidades, oriunda da redefinição do Centro Hospitalar do Oeste”.
Na sua declaração de candidatura, José Carlos Faria deu também nota da sua defesa pela escola pública e pela Linha do Oeste, que diz estar posta em causa pelo desinvestimento e horários que não servem os interesses das pessoas. Defendeu também o incremento do sector cerâmico, com um reforço na formação, nas condições de produção industrial, assim como na revitalização do comércio tradicional e uma maior aposta na agricultura.
A regeneração urbana é vista pelos comunistas como “mal planeada e pior programada, com obras feitas, desfeitas e refeitas e verbas gastas inconsequentemente”. Por isso o candidato quer uma intervenção integrada no centro histórico. A limpeza e conservação dos espaços urbanos e acessibilidades fluídas entre a cidade e as freguesias são outras das pretensões desta candidatura.
No que respeita ao ambiente, os comunistas prometem continuar a lutar pela resolução dos problemas da Lagoa de Óbidos, pela classificação patrimonial do Parque e da Mata e dos seus aquíferos, bem como do Paul de Tornada. “Favorecemos o fomento do associativismo e da formação desportiva, enquadrando e potenciando o desporto federado”, disse José Carlos Faria, acrescentando que considerarão sempre a cultura como a força indispensável para o desenvolvimento e existência de massa crítica cidadã.
Tratam-se de propostas que, segundo o candidato comunista, visam um novo paradigma num concelho “rico em potencialidades”, mas que “tem vindo a ser prejudicado por ideias trôpegas e soluções mancas”.
Também presente na apresentação pública, Adelaide Pereira, do comité central do PCP, destacou o empenho da coligação para desenvolver o concelho das Caldas. “Vamos trabalhar para ajudar a que haja mais cultura, saúde, bem-estar, desenvolvimento, coesão social e económica”, disse, acrescentando que a CDU é uma escola de democracia participativa.
As próximas eleições autárquicas são, na opinião da responsável, um “momento especial” para se afirmar a vontade do povo contra a política que tem estado a ser desenvolvida, criticando o governo pela “amputação” do poder local, nomeadamente com a destruição das freguesias e asfixiação das autarquias locais.
A CDU pretende candidatar-se a, pelo menos, as mesmas 10 freguesias a que se candidatou há quatro anos.

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