Governantes jantaram nas Tasquinhas com militantes

0
393
O ministro da Defesa e presidente do CDS, Nuno Melo, participou num jantar com 70 militantes e simpatizantes do partido
- publicidade -

Um ministro e dois secretários de Estado da coligação no governo (embora em representação partidária) marcaram presença no certame

O ministro da Defesa, Nuno Melo, juntamente com o secretário de Estado da Administração Interna, Telmo Correia, jantaram nas Tasquinhas, a 8 de agosto, com cerca de 70 militantes e simpatizantes do CDS. Com uma ligação afetiva às Caldas (casado com uma caldense), o também presidente dos centristas considera que este é um concelho com um enorme potencial. “Transporta arte, história e, com bons autarcas, representados no que o CDS tem para dar, seguramente terá um grande futuro e melhorias consideráveis”, disse, referindo-se às próximas autárquicas, cuja preparação o CDS já iniciou.
“A obrigação dos órgãos nacionais do CDS, e minha enquanto presidente do partido, é estar junto das bases, dos dirigentes locais, distritais, e, por isso, fico muito feliz por estar aqui com a concelhia das Caldas e distrital de Leiria, preparando as batalhas futuras”, disse aos jornalistas, antes de iniciar o jantar. Para as próximas autárquicas o CDS pondera, em alguns casos, ir coligado, embora esta seja uma decisão das concelhias, que depois é validada pela comissão política nacional. Sofia Cardoso, presidente da concelhia caldense, garante que o trabalho está a ser feito, mas rejeita, para já, avançar com a estratégia com que se querem apresentar a votos. “Prevemos uma batalha autárquica bastante aguerrida no concelho e temos de nos preparar bem para isso”, disse.
Este jantar serviu também para apresentarem ao líder do partido os problemas e desafios locais que pretendem ver resolvidos, como é o caso da modernização da Linha do Oeste e as políticas de saúde.
Questionado sobre a sua posição sobre a localização do novo hospital para o Oeste, Nuno Melo, salientou apenas que, enquanto governante, apenas proferia declarações na área da sua tutela e que, na qualidade de presidente do CDS, remetia a decisão para os órgãos concelhios e distritais. “Não me parece o momento de, enquanto presidente do partido, sobre isso manifestar opinião”, referiu.

O secretário de Estado do Ambiente, Emídio Sousa, juntamente com os deputados eleitos pelo distrito e o ex-presidente da Câmara, Tinta Ferreira, no jantar do PSD

Lagoa de Óbidos na agenda
No dia anterior, o secretário de Estado do Ambiente, Emídio Sousa, tinha estado nas tasquinhas com um grupo de meia centena de militantes e simpatizantes do PSD. O jantar foi o culminar de uma visita oficial a Óbidos onde, na praia do Bom Sucesso, tomou contacto com preocupações e projetos relativos à Lagoa de Óbidos. O governante participou numa reunião de trabalho com elementos do executivo, o presidente da Associação de Pescadores e Mariscadores Amigos da Lagoa de Óbidos (APMALO), os deputados do PSD, Telmo Faria e Hugo Oliveira, e elementos da Agência Portuguesa do Ambiente (APA). A preocupação com um eventual novo fecho da ligação da Lagoa ao mar foi manifestada pelo edil obidense, que solicitou medidas estruturais para mitigar o problema. Entre as prioridades, apontou a revisitação do projeto de abertura e aprofundamento dos canais da zona inferior e a construção de um dique de guiamento na embocadura. Filipe Daniel defendeu ainda o rebaixamento da Coroa do Areeirinho, “área com um potencial de criatório natural de bivalves estimada em 6,75 milhões de euros por ano, disse”. Foram ainda solicitadas medidas de limpeza e regularização dos rios Arnóia e Real e de implementação do projeto das piscinas naturais para o Bom Sucesso. O presidente da APMALO, Sérgio Félix, defendeu a construção de novos ancoradouros na Poça das Ferrarias no Penedo Furado e apresentou o anteprojeto para uma zona de apoio aos pescadores e mariscadores.
O governante tomou “boa nota” das exposições e reconhece que há uma preocupação permanente com o assoreamento da Lagoa e a sua ligação ao mar, ainda que entenda que “o assunto tem de ser tratado com prudência. “Têm de haver estudos científicos que indiciem qual será a melhor solução”, considera Emídio Sousa, realçando a sensibilidade da orla costeira.
O governante foi também confrontado com a existência de algas que libertam odores e “provocam alguma perturbação no marisco”. Na visita partidária, a convite da seção caldense do PSD, Emídio Sousa visitou também Salir do Porto, onde o presidente da União de Freguesias, João Lourenço, apresentou as preocupações com o desvio do rio que, “a cada dia que passa, está a danificar mais a base da duna, neste momento com deslizamentos e quedas de algumas árvores ali existentes”. O autarca defende uma intervenção com urgência e o estudo da obra mais profunda a longo prazo. O secretário de Estado foi ainda alertado para a importância da preservação da duna de Salir Do Porto e do ecossistema envolvente.■

- publicidade -