Hugo Oliveira não concretiza acusações no caso do Centro da Juventude

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Fd-HugoOliveiraDepois de ter disparado em várias frentes num texto que leu na Assembleia Municipal, o vereador Hugo Oliveira não quis explicar as acusações de falta de carácter do seu ex-amigo Bruno Letra nem qual o cargo a que este se terá proposto em troca da manutenção do de director do Centro da Juventude. No entanto, Bruno Letra tornou público nas redes sociais que se ofereceu para trabalhar na TV Caldas.

O vereador Hugo Oliveira, num documento que leu na Assembleia Municipal, “condena” a atitude de Bruno Letra que “propôs que abdicaria da reintegração se fosse nomeado para um cargo dirigente de uma instituição nas Caldas da Rainha, o que achei deplorável e inaceitável”. Questionado pela Gazeta das Caldas sobre que cargo se tratava, o autarca escusou-se a concretizar, dizendo apenas que “se não disse nomes nem cargos é porque não os queria dizer, pelo que não vou fazer referência”.
Bruno Letra, contactado pela Gazeta das Caldas, remeteu a sua resposta para o comentário que fez nas redes sociais a Hugo Oliveira, onde diz que não se revê na avaliação de carácter feita pelo autarca. Anteriormente, quando contactado pelo nosso jornal para dar a sua versão dos factos sobre esta polémica, o ex-director do Centro de Juventude protelou sempre qualquer esclarecimento, acabando por se mostrar indisponível.
Em relação à acusação de Hugo Oliveira de que este aceitaria não retomar o cargo de director desde que lhe dessem outro carto dirigente, Bruno Letra escreveu no Facebook que “a única coisa que propus foi poder ir trabalhar para a TV Caldas, um projecto da ADJCR [Centro de Juventude], que considero ter bastante potencial e estar de momento subaproveitado”, refere. Bruno Letra acrescentou ainda que sugeriu “até o trabalho a tempo parcial que ficava menos oneroso para ADJ”, revelando que possui documentos que provam o que diz.
Esta polémica surgiu quando se soube que, quatro anos depois de ter saído do cargo de director do Centro da Juventude (com uma licença sem vencimento), para ser adjunto do presidente da Câmara de Alcobaça, Bruno Letra quis retomar o seu anterior posto de trabalho. A direcção da associação não o aceitou e o caso foi decidido em tribunal que este não devia ser reintegrado, mas que teria direito a uma indemnização superior a 26 mil euros.

“Quem possa estar afectado que o diga”

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Na mesma intervenção Hugo Oliveira diz que não reconhece legitimidade “para ataques ou acusações a alguns que sabemos que devem muito à honestidade ou porque fogem ao fisco ou porque se aproveitaram de fundos comunitários em quadros passados”. Mas também questionado sobre estas indirectas, não quis concretizar à Gazeta das Caldas a quem se referia. “Quem possa estar afectado que o diga”, limitou-se a responder.
No entanto, dada a contundência como o CDS/PP e a própria JP criticaram este episódio do Centro de Juventude, é provável que o vereador se esteja a referir a histórias ocorridos com o vereador e deputado Manuel Isaac enquanto empresário agrícola.
O vereador centrista, na reunião de Câmara da passada segunda-feira, interpelou Hugo Oliveira sobre o documento lido na Assembleia Municipal, pedindo-lhe que concretizasse algumas das acusações, mas, também não obteve resposta.

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