José Luís Quaresma (CDS) é o novo presidente da Assembleia de Freguesia da Foz do Arelho

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Gazeta das Caldas
José Luís Quaresma abordou a importância das sessões de Assembleia de Freguesia serem divulgadas junto da população |Beatriz Raposo

José Luís Quaresma foi eleito presidente da Assembleia de Freguesia da Junta da Foz do Arelho no passado dia 19 de Outubro. Já tinha sido deputado desta assembleia entre 2005 e 2009 e nestas eleições autárquicas foi o candidato do CDS à presidência da Junta. O orçamento para 2017 (que ainda está por aprovar) e a divulgação das reuniões de assembleia junto da população, são duas das suas preocupações mais imediatas. Tendo em conta que as últimas sessões têm sido muito assistidas pela população, José Luís Quaresma sugeriu também que estas passem a realizar-se num local onde haja espaço suficiente para sentar todo o público.
Já o presidente da Junta, Fernando Sousa, mantém ao seu lado o tesoureiro José Ferreira e nomeou para secretária Sandra Queiroz, que estava em segundo lugar na lista do Movimento Independente da Foz do Arelho (MIFA).

O relógio marca as 21h00 e a quantidade de carros estacionados na Rua Francisco Almeida Grandela já faz prever que esta será mais uma assembleia de freguesia muito participada. Assim têm sido as últimas sessões, com tanto público que nem todos conseguem um lugar dentro da sala. Para hoje, dia 19, está marcada a tomada de posse dos elementos que constituirão o executivo e a assembleia da Junta nos próximos quatro anos. Cerca de 40 pessoas (mais do que é habitual ver-se na Assembleia Municipal das Caldas) vieram saber quem são as novas caras.
Tanto para a equipa do executivo, como para a mesa da assembleia, houve apenas uma proposta que foi levada a votação. O presidente Fernando Sousa sugeriu que José Ferreira se mantivesse como tesoureiro e que Sandra Queiroz ocupasse o lugar de Maria dos Anjos como secretária. O novo executivo foi eleito com cinco votos a favor, um contra e três brancos.
Já o deputado Diogo Carvalho (CDS) propôs José Luís Quaresma, do mesmo partido, para presidente da Assembleia de Freguesia. Fernando Sousa realçou que gostaria que a mesa ficasse completa com um elemento do seu movimento (MIFA) e outro do PSD, mas como nem Fernando Horta, nem Henrique Correia nem Sandra Moreira aceitaram, os secretários propostos foram Mara Urbano e Vasco Soares, ambos do MIFA. A nova mesa da assembleia ficou assim constituída com cinco votos a favor, um contra e três brancos.
José Luís Quaresma já tinha sido deputado da assembleia da Foz do Arelho entre 2005 e 2009 e nestas últimas eleições autárquicas foi o candidato do CDS à presidência da Junta. “Desejo que tenhamos um bom mandato e que consigamos limpar a imagem da Foz”, disse, salientando que o orçamento para 2017 (que ainda está por aprovar) e a divulgação das reuniões de assembleia são dois assuntos a tratar o quanto antes.
“É importante arranjarmos locais e meios para anunciar as datas das sessões, para que a população possa inteirar-se melhor dos problemas da Foz do Arelho e depois não tenha desculpas para dizer que não tinha informação sobre estas realizações”, acrescentou José Luís Quaresma, que também sugeriu que as reuniões passem a decorrer num local onde haja espaço para sentar todos os interessados em assistir. O Centro Social e Recreativo poderá vir a ser uma possibilidade.

POPULAÇÃO ESTÁ A RECEBER CARTAS ANÓNIMAS

Logo no início da noite, antes das votações, José Luís Quaresma pediu que Fernando Sousa esclarecesse um assunto relativo a 2013 que foi exposto em cartas anónimas que vários fozenses receberam nos seus correios nos últimos tempos. Este diz respeito a uma encomenda que foi levantada por Sandra Queiroz (que agora pertence ao executivo da Junta) no posto dos CTT da Foz (situado no edifício da Junta), mas cujo pagamento nunca chegou a entrar na caixa.
“Gostava que esta questão ficasse esclarecida antes de elegermos um executivo em que um dos seus elementos está implicado neste assunto”, disse José Luís Quaresma.
Antes de clarificar a situação, o presidente Fernando Sousa acusou o autor das cartas de “cobardia”, por estar a expor um acontecimento passado sem ter a coragem de se identificar. Afirmou depois: “sabe-se que o dinheiro da encomenda não entrou na Junta, mas não se sabe qual foi o erro. Era uma estagiária que na altura estava responsável pelos Correios. Poucos dias depois de recebermos um ofício de pagamento, eu, a Maria dos Anjos [ex-funcionária] e o Luís Vila Verde [ex-tesoureiro] fomos a uma reunião em que nos informaram que caso não pagássemos aquela encomenda, corríamos o risco de perder o serviço dos CTT na Junta”. Fernando Sousa garantiu que pagaram a encomenda (cerca de 120 euros) e que há quem o tenha testemunhado. “Se quiserem confirmar,  telefonem ao Vila Verde”, frisou.
Fernando Horta, que já foi presidente da Junta e agora é deputado da assembleia, afirmou que o documento apenas prova que houve uma anomalia, mas não é suficiente para acusar Sandra Queiroz de não ter efectuado o pagamento da encomenda. “Parece-me que aquilo que a Junta deveria ter feito era averiguar responsabilidades, mas se na altura não o fez, agora parece-me difícil fazê-lo”, acrescentou.
Esta história, porém, já foi contada no relatório da auditoria às contas da Foz do Arelho, que foi divulgado em Junho passado.

Executivo da Freguesia da Foz:
Presidente: Fernando Sousa (MIFA)
Tesoureiro: José Ferreira (MIFA)
Secretária: Sandra Queiroz (MIFA)

Assembleia de Freguesia da Foz do Arelho:
Presidente: José Barros Quaresma (CDS)
Secretários: Vasco Soares e Mara Urbano (MIFA)
Deputados: Fernando Horta, Henrique Correia e Sandra Moreira (PSD), Diogo Carvalho (CDS), Filipe Silva e José Bairradas (MIFA)