
O actual presidente da Câmara, Tinta Ferreira, volta a candidatar-se nas próximas autárquicas. A decisão foi tornada pública no passado dia 30 de Abril, respondendo ao repto lançado por Hugo Oliveira, durante a tomada de posse deste como presidente da concelhia do PSD caldense e perante o visível ar contrariado de Fernando Costa.
Este é, até ao momento, o único candidato conhecido, com as restantes estruturas partidárias a remeter esta decisão sobre a escolha do candidato para mais tarde. Apesar de nenhum dos partidos da oposição assumir a viabilidade de uma candidatura conjunta, também nenhum a descarta.
O actual presidente da Câmara, Tinta Ferreira, foi o primeiro a tornar pública a intenção de recandidatura às próximas eleições autárquicas, em 2017. A decisão foi tornada pública no passado dia 30 de Abril, respondendo ao repto do presidente da concelhia do PSD caldense, Hugo Oliveira, na sua cerimónia de tomada de posse.
Esta recandidatura era, aliás, uma das bases do programa apresentado por Hugo Oliveira na sua também recandidatura à concelhia caldense, pelo que aproveitou a ocasião de estar perante duas centenas de militantes para oficializar o convite. À Gazeta das Caldas Hugo Oliveira disse que Tinta Ferreira foi uma escolha do PSD há quatro anos e que provou que está a fazer um “excelente trabalho e a dar uma nova dinâmica ao concelho”. Salienta a sua tomada de posição em temas muito importantes para as Caldas, como é o caso do Hospital Termal, e destaca que este deverá ser um trabalho contínuo, pois os projectos estão a decorrer.
Esta decisão política da concelhia foi bem acolhida pela estrutura distrital e nacional, com o presidente da distrital, Rui Rocha, e o secretário geral do PSD, José Matos Rosa, a mostrarem a sua concordância, nos discursos que proferiram durante a cerimónia.
A única discordância não foi imperceptível. Quem esteve atento na última reunião magna dos laranjas caldenses, reparou que Fernando Costa teve dificuldade em disfarçar a sua contrariedade pela recandidatura do seu ex-delfim.
O ex-presidente da Câmara chegou a posicionar-se nos bastidores para regressar ao município, tendo, inclusive, sondado algumas pessoas para uma lista, mas não obteve êxito e deverá ficar politicamente desempregado porque não é expectável que continue em Loures. Em declarações ao Região de Leiria (5/5/2015), Fernando Costa disse que estava disponível para ser candidato por qualquer município que não seja liderado pelo PSD, admitindo que, no caso de Leiria, isso seria um duplo prazer tendo em conta que ele próprio nasceu naquele concelho.
PS aguarda data “oportuna”
No PS, a presidente da concelhia, Sara Velez, reiterou a ideia de que “o dossier Autárquicas faz parte daquilo que é a actividade permanente do PS/ Caldas”, pelo que o tema está sempre presente “no trabalho que desenvolvemos diariamente”.
No entanto, o anúncio do candidato será feito apenas quando os Órgãos do PS/Caldas considerarem ser “oportuno”. Sara Velez não se pronunciou acerca da viabilidade de uma candidatura de consenso entre os partidos da oposição.
CDS-PP à espera da nova concelhia
A concelhia caldense do CDS-PP está à espera de eleições, marcadas para 4 de Junho. Até lá, a presidente, Margarida Varela, não quer prestar declarações. “Quero esperar pela nova equipa para que esta decida em conjunto”, disse à Gazeta das Caldas.
Margarida Varela acrescentou ainda que há muito tempo para pensar o processo. “As pessoas das Caldas são demasiado importantes para se tomar posições sem serem bem ponderadas”, concretizou.
CDU só em 2017
O candidato do PCP não deverá ser anunciado até ao final do primeiro trimestre de 2017. Vítor Fernandes, presidente da concelhia caldense dos comunistas, diz que até Dezembro deste ano as atenções vão estar voltadas para a preparação do congresso do partido. “Teremos nomes para Março ou Abril de 2017 pois é por por essa altura que se apresentam os candidatos”, disse. Antes de definir os cabeças de lista para a autarquia e para a Assembleia Municipal, a discussão passa ainda pela constituição das listas.
Vítor Fernandes não diz que sim nem que não a uma candidatura conjunta entre os partidos que actualmente estão na bancada da oposição. No entanto, considera esse cenário “muito improvável”. Apesar do entendimento entre estas estruturas em questões importantes para o concelho, “há forças que estão connosco nessas tomadas de posição que têm ideias muito diferentes das nossas”, realça. De resto, o projecto CDU é para continuar a valorizar. “É nele que estamos focados e em breve vamos prestar contas do nosso trabalho”, refere o dirigente.
No entanto, sempre que haja pontos de vista comuns, as acções conjuntas podem continuar a ser uma realidade.
Candidato do MVC sujeito a uma Carta de Princípios
Teresa Serrenho diz que o Movimento Viver o Concelho (MVC) tem a sua própria agenda e não é este anúncio da recandidatura do actual presidente da autarquia que vai fazer antecipar a decisão quanto ao candidato do movimento ao acto eleitoral de 2017.
A presidente do MVC refere que este “deverá emergir naturalmente do grupo de cidadãos eleitores que está neste momento a constituir-se”. No entanto, a capacidade e o perfil desse candidato devem ser reconhecidos “pela Carta de Princípios do MVC”, acrescentou. Característica fundamental é a capacidade do candidato para unir os caldenses “em torno do superior interesse dos cidadãos, da cidade e do concelho”, completou.
O discurso de Teresa Serrenho não admite nem refuta a ideia de um entendimento eleitoral entre os partidos da oposição ao PSD na autarquia. Qualquer solução passa por uma análise “isenta” do que é positivo ou negativo “para os caldenses, para as freguesias e para o concelho”, refere.
BE admite candidatura conjunta
O Bloco de Esquerda das Caldas também ainda não tem candidato definido para as próximas autárquicas. “Estamos a começar agora a discussão, mas sem qualquer tipo de ansiedade”, disse Lino Romão.
O trabalho autárquico deste partido sairá das orientações da Convenção Nacional, que se realizará em finais de Junho em Lisboa. Questionado sobre a possibilidade de uma candidatura conjunta da oposição nas Caldas, Lino Romão não descarta a hipótese. “Não sei se é possível uma candidatura, mas é possível falarmos sobre isso”, disse, acrescentando que da parte do BE há essa disponibilidade, “sem preconceitos”, com o objectivo de tirar a maioria ao PSD.
Lino Romão disse também não estar surpreendido com a recandidatura de Tinta Ferreira. “Dada a natureza imobilista do PSD nas Caldas é uma coisa muito previsível”, considerou.
Ainda não há candidatos em Óbidos
Os partidos políticos que concorreram às últimas eleições autárquicas em Óbidos ainda não começaram a definir as listas. Gazeta das Caldas falou com PSD, PS, PCP e CDS, mas nenhum dos quatro adiantou quem seriam os seus candidatos.
Humberto Marques, actual presidente da Câmara e da concelhia do PSD em Óbidos disse que “ainda é cedo” para definir candidatos e listas. O partido estabeleceu como prazo máximo o final do corrente ano para tratar o assunto. Até porque uma nova concelhia toma posse em Junho, apresentando, então, o plano de acção.
O autarca descartou qualquer coligação com o CDS, embora admita que essa seja uma decisão do candidato que vier a ser escolhido.
Já da parte dos socialistas foi António Sales, presidente da Federação Distrital, quem explicou à Gazeta que ainda não têm um candidato definido. “No dia 20 de Maio vamos ter eleições para a formação da secção de Óbidos”, esclareceu, adiantando que o anúncio do candidato PS naquele concelho será feito até Dezembro de 2016.
Em relação a expectativas, pretendem “concorrer para ganhar as eleições”, apesar de saberem que “o PSD tem controlado os órgãos autárquicos”.
Quanto a possíveis coligações, diz que “o PS equaciona todas as possibilidades”, mas a ideia será concorrer autonomamente.
Rui Raposo (PCP) disse à Gazeta das Caldas que “ainda não começámos a discussão em torno das autárquicas”. O perfil do candidato comunista é, em seu entender o “trabalho, honestidade e competência”. Só em 2017 serão anunciadas as listas, havendo a expectativa de que haja um crescimento do PCP em Óbidos “tal como aconteceu em 2009 e em 2013”.
Quanto o possíveis coligações, esclareceu que “o PCP tem um projecto político e eleitoral para os processos autárquicos que se centra na coligação: PCP – Os Verdes e Independentes, e é nesse contexto que pensamos vir a concorrer às autárquicas”.
O presidente da concelhia do CDS-PP, Carlos Pinto Machado, diz que o candidato centrista “será decidido pela concelhia até ao fim do corrente ano”. Ainda que não adiantem nomes, definem o perfil: “alguém conhecido dos obidenses, personalista, ético, com consciência social, conhecedor dos problemas do concelho e com soluções”. Quanto a uma possível coligação com o PSD disse considerar esta “muito improvável”.
Isaque Vicente
ivicente@gazetadascaldas.pt































O Sr presidente Tinta ferreira e seus comparsas andam a encubrir irregularidades dentro da Cámara de Caldas da rainha desde 2011,protegiendo uma funcionaria que esta na seccao de tesouraria e nao quer que venha a luz estés casos.
Que teme esse presidente??
Burlas na cámara
Abusó de poder
Entre outros
Tenho documentacao confrontei o e reclamei e estam a querer dar me a Volta.Cuidado aos votantes a muitas coisas dentro da Cámara encubertas que estam a roubar o contribuiente a quem lhe interese o tema contacte.
Obrigada