A Comissão Concelhia do Partido Comunista Português das Caldas reclamou uma “intervenção rigorosa e eficaz” na Lagoa de Óbidos e veio defender “em consonância com o
que sempre tem defendido ao longo dos anos e em particular nas recentes eleições autárquicas e legislativas, que a Lagoa de Óbidos seja classificada como Paisagem Protegida de Âmbito Regional”.
Em comunicado enviado às redações, o PCP refere que “é com preocupação e revolta” que observam que a “aberta” que faz a ligação da lagoa ao mar fechou e também as queixas da Comissão Cívica de Proteção das Linhas de Água e Ambiente, que alertou que estariam a ser enviados para o mar dragados altamente tóxicos.
“Não estamos olvidados que, em meados de janeiro deste ano, se anunciava que as dragagens decorriam a bom ritmo e que as mesmas poderiam ficar concluídas em abril. Chegados a março, e perante as recentes notícias, não só é visível que a intervenção não está a ser eficaz, como é ainda possível constatar que, no decorrer desse mesmo processo, não estão a ser tidas em conta as consequências ambientais das dragagens”, apontou o PCP, que carateriza este como “apenas mais um triste capítulo nas intervenções de que a
Lagoa de Óbidos tem sido alvo”.
Os comunistas acusam ainda que, “pelos vistos, ao longo de tantos adiamentos e de insólitas intervenções, o perigo do desligamento da Lagoa de Óbidos ao mar manteve-se não só real, mas concretizável” e “como se não bastassem os atabalhoados processos de
desassoreamento e de dragagem da Lagoa de Óbidos, fica evidente que também a despoluição dos seus braços tem sido negligenciada por mais de três décadas”.