“Temos necessidade de diversificar a matriz económica do concelho”

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A exercer o seu segundo mandato, Ricardo Fernandes (PS) assume a intenção de se recandidatar nas próximas autárquicas
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O envelhecimento populacional e a dificuldade em fixar a população mais jovem são outros dos desafios elencados pelo presidente da Câmara do Bombarral, Ricardo Fernandes, que assume a sua intenção de se recandidatar.

O autarca diz que está a consolidar o trabalho iniciado no mandato anterior e vai avançar com projetos na área da habitação, educação e apoio social

Que balanço faz dos três anos de mandato?
Pode-se dizer que foram anos de consolidação do trabalho iniciado no mandato anterior, com a concretização de alguns projetos, nomeadamente ao nível de obras, como o PAMUS – caminho das escolas, a Reabilitação do Palácio Gorjão, a 1.ª fase da Reabilitação das antigas instalações do IVV, a Loja do Cidadão, o Centro de Interpretativo da Batalha da Roliça, entre outros, mas também de preparação de projetos que arrancaram há pouco, ou estão prestes a arrancar, nos domínios da habitação, no âmbito da Estratégia Local de Habitação e da concretização de oferta com rendas a custos controlados; da educação, com a ampliação das instalações para o pré-escolar; e, de apoio social com a construção da creche do Vale Covo. Isto só para dar alguns exemplos.
Nestes anos temos pautado a nossa ação por uma estratégia assente numa utilização muito criteriosa dos recursos, aliando o rigor da gestão à resposta às necessidades dos bombarralenses e daqueles que escolhem o Bombarral para trabalhar e visitar, sempre numa ótica da promoção de um concelho sustentável. Em relação ao mandato transato tenho também a destacar uma maior apetência do Executivo para as áreas da Educação e da Ação Social, com reflexos muito significativos no desempenho da Câmara Municipal nesses domínios.

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Que desafios e projetos tem no seu concelho com impacto regional?
O Município do Bombarral ao integrar a Comunidade Intermunicipal do Oeste, assume à partida a participação em todos os projetos de caráter sub-regional, podendo-se destacar, a título de exemplo, a Smart Region – um projeto piloto para criação da plataforma analítica integrada de inteligência territorial –, a Promoção do Sucesso Escolar, a Mobilidade Urbana Sustentável. Por outro lado, esperamos ter um impacto muito positivo com um projeto da Administração Central: a Eletrificação da Linha Ferroviária do Oeste. E, obviamente, dando sequência a todo o trabalho já desenvolvido nesta matéria, esperamos receber o novo Hospital do Oeste, no terreno colocado, de forma gratuita, à disposição do Governo para esse efeito.

Quais os problemas crónicos do seu concelho e como os está a tentar resolver?
São vários os desafios que qualquer território com características maioritariamente rurais enfrenta. O Bombarral não é exceção. O envelhecimento populacional, a dificuldade em fixar a população mais jovem e a fragilidade na prestação de cuidados de saúde primários são os nossos principais desafios neste momento, ao qual juntaria mais uma preocupação: a necessidade de diversificação da matriz económica concelhia, atualmente assente na agricultura e maioritariamente na fileira da Pera Rocha.

Vai recandidatar-se?
Sim, tenho essa intenção. ■

 

 

Carlos João Pereira da Fonseca
Vereador eleito pelo PSD

A minha candidatura há três anos deveu-se a acreditar que um novo projeto encabeçado pelo PSD poderia dar um novo ânimo ao Concelho do Bombarral. Esse projeto poderia contribuir decisivamente para a sua modernização e para aumentar a sua atratividade para quem aqui se quisesse instalar criando postos de trabalho ou que pela sua atividade pudessem melhorar as condições de vida dos Bombarralenses.
O nosso projeto não foi o escolhido e a falta de visibilidade e atratividade para trazer empresas ao Concelho do Bombarral continua. Continua também o afastamento do concelho de atividades que nos davam alguma visibilidade como ultimamente a Rádio Miúdos que estará de saída para ser acolhida em Torres Vedras à imagem do que sucedeu com a Confraria dos Enófilos da Estremadura – Vinhos de Lisboa.
O próprio Festival do Vinho e da Pera Rocha é divulgado no Concelho esquecendo que é fora dele que precisamos de o divulgar. Quero ressalvar o bom entendimento pessoal e institucional com o executivo que tem acolhido algumas das nossas sugestões e, como exemplo de uma divergência de fundo, votámos contra o aumento da água no Concelho. Embora derrotados no executivo, a Assembleia Municipal acolheu os nossos argumentos e chumbou esse aumento.
Na verdade os Bombarralenses não podem ser penalizados pelos 40% de perdas na rede pagando a sua ineficiência e a falta de investimento na sua melhoria. Este facto não é uma conquista mas o evitar uma injustiça.
O executivo não se poderá nunca queixar da falta de colaboração da oposição. Para nós os interesses do Bombarral e dos Bombarralenses estão sempre à frente de qualquer querela político partidária. ■

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