Na mesma reunião de segunda-feira em que foi discutido o problema dos abastecimentos de combustível pelos serviços camarários a um operador privado, estalou outro conflito no executivo que levou à demissão do vereador socialista Rui Correia da CulturaCaldas, entidade que gere o CCC. Segundo um comunicado do próprio, tornado público na passada segunda-feira à noite, a participação deste vereador na direcção do CCC foi inviabilizada pela própria ineficiência daquela órgão.
Nos considerandos da declaração do vereador socialista, lê-se que o convite que lhe foi feito “para integrar, de forma graciosa, a direcção da CulturCaldas foi feito no sentido de estabelecer uma prática de trabalho que permitisse criar uma sinergia funcional entre os seus membros, que essa perspectiva foi, desde o primeiro momento, por si proposta, defendida e aceite por todos os elementos da direcção”.
Contudo Rui Correia diz que constatou que “infelizmente não foi estabelecida uma rotina de convocação de reuniões (foram convocadas duas reuniões de dezembro de 2011 a outubro de 2012) que pudesse ter permitido o estabelecimento de um trabalho de equipa.”
Em seu entender, “a direcção artística vê-se cometida de responsabilidades e competências notoriamente excessivas, tornando-se dificultada uma desejável emancipação do já de si exigente trabalho de planeamento artístico e que a orientação cultural do CCC e muitas destas responsabilidades podem ou devem ser estabelecidas e participadas pela direcção.”
Apesar de não haver reuniões, “importantes decisões sobre imagem, estrutura laboral, administração financeira e organização do CCC são implementadas sem que haja qualquer participação activa da direcção, mesmo que mínima, que as conhece já em momento de execução ou de balanço”. Ou seja, “existe notória dificuldade em constituir um trabalho de equipa”.
Perante isto, Rui Correia diz que não lhe resta outra opção “senão apresentar o seu pedido de demissão deste órgão, uma vez que dele tem uma visão prática e concretizadora e não um contorno meramente institucional, para o qual não está disponível.”
C.C.