2012 – um ano em revista

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Ainda a obra não está acabada e já não tem aquele ar tão pesado como tinha

Muitas foram as peças jornalísticas que Gazeta das Caldas publicou ao longo deste ano de 2012. Contudo, decidiu apenas escolher quatro temas que tiveram maior impacto nas Caldas da Rainha e na região Oeste e desta forma, dar uma visão mais ampla sobre os assuntos em destaque.

O tema desta semana fala sobre as obras da regeneração urbana que andam um pouco espalhadas pela cidade. Algumas já estão prontas como as ruas Sebastião de Lima, Henriques Sales e Dr. Leão Azedo. Outras, ainda estão a decorrer, como é o caso da rua Coronel Soeiro de Brito, avenida da Independência Nacional e nas antigas instalações da PSP, onde será criado o edifício Espaço Turismo (que vai ter posto de turismo – loja marca Caldas, instalações sanitárias de apoio à Praça da Fruta e vários espaços destinados ao artesanato).

As obras de regeneração urbana nas Caldas da Rainha
Os centros históricos têm como finalidade satisfazer os interesses daqueles que lá moram, de atracção turística e de lazer dos indivíduos. Descobre-se uma certa identidade com estes lugares e alguma qualidade de vida.
Contudo, para isso é necessário que estes espaços estejam em boas condições para, de um ponto de vista estético, agradar aos olhos de todos.
Facto que não está a acontecer com as obras de regeneração urbana que a Câmara Municipal das Caldas da Rainha, iniciou no ano passado (Setembro), na chamada zona histórica desta cidade e que por muitos é considerada um ex-libris.
Na edição de 3 de Fevereiro do passado ano, foi publicada uma reportagem sobre as obras que o l

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argo João de Deus e ruas adjacentes foram alvo durante alguns meses.
Se se comparar o mesmo espaço, principalmente, o largo João de Deus, antes e depois das obras, e actualmente, verifica-se que há muito poucas diferenças entre o antes (Setemb

ro de 2011) e o agora (Janeiro de 2013). O “depois” durou muito pouco tempo.
O caos e o desleixo que já há uns bons anos ali reinava, veio, novamente, instalar-se e dá a impressão que é para ficar mais umas boas décadas (até haver novamente dinheiro para se fazerem novas obras).

Outro parque automóvel nas Caldas da Rainha?

Automóveis por um lado, automóveis por outro, estaciona-se em tudo que é sítio, seja  proibido ou não. Não há um limite nem sequer bom senso.
As escadas da igreja do Espírito Santo parecem continuarem destinadas a dois ou três lugares de estacionamento por quem ali passa e quer, rapidamente, um lugar para deixar a sua viatura.
Para que não bastasse, de há uns tempos para cá, as mal fadadas escadas ficaram inclinadas com as obras e dá a impressão que deverão continuar assim definitivamente.

O lixo doméstico é atafulhado em sacos de hipermercados e, é posto em cima ou ao lado (conforme der mais jeito) das papeleiras. Dejectos de animais e folhas secas espalhados pelo chão, também não faltam…

Voltou tudo ao mesmo.
O largo João de Deus, está a perder a sua identidade (ou já a perdeu). É um espaço que se devia de afirmar como uma identidade capaz de converter o passado com o elemento renovador a que foi sujeito.

Mas nada disso está a acontecer. Devia de existir mais interesse e acompanhamento pelas partes intervenientes para que não se perdesse essa identida

de, pois, estes lugares requalificados talvez pudessem vir a serem um exemplo para o resto da cidade.
Parece que não há gosto em terminar o que se começa e exemplos disso são estes dois largos, incluindo o largo do Hospital Termal, que está uma lástima.

Os pilaretes (e as papeleiras, uma delas foi toda partida) que foram colocados aquando da intervenção, alguns foram esmagados (se me permitem o uso da palavra) e o que resta deles está espalhado pelo chão, outros foram postos em cima das pedras brancas que ainda por lá continuam. Mesmo assim, nem essas pedras conseguem travar o estacionamento.

Imagens como esta nada favorecem e muito menos prestigiam a cidade

Devia preservar-se e tratar desta zona dotando-a de melhores condições enquanto espaço de riqueza histórica e patrimonial.

Nesta altura, a avenida da Independência Nacional está a ser intervencionada.
Oxalá não aconteça o mesmo a esta artéria o que aconteceu ao dito “berço” da cidade.

Susana Gonçalves
susanagoncalves@gazetadascaldas.pt

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