Afinidades francófonas na EHTO

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No fim do almoço realizou-se um workshop onde se ensinou a fazer Éclairs | IV

Um menu bem francês foi desenvolvido no projecto Afinidades da EHTO no dia 22 de Março. O almoço integrava as iniciativas da festa que celebra a francofonia em todo o mundo. Caldas da Rainha não é excepção, até pelo número de franceses que vivem na região e tem uma semana organizada pela Alliance Française e pela União de Franceses no Estrangeiro Centro Oeste.
“Sabores Francófonos” anunciava a ementa: vieiras e tamboril gratinados (dentro de uma ‘lata de conservas’), vichyssoise (creme de alho… francês), perna de borrego estufada com legumes e tarte de maçã com gelado de baunilha. Tudo acompanhado de diferentes vinhos franceses.

Este projecto pretende criar afinidades entre a cozinha e as áreas formativas de sala de aula. Neste caso, a formadora de Francês, Carla Sousa, trabalhou com os alunos na preparação de uma ementa típica francófona e deu-lhes as bases linguísticas para o serviço.
Trabalharam neste almoço as turmas de Técnicas de Cozinha e Pastelaria e Técnicas de Serviço de Restauração e Bebidas. No fim do almoço realizou-se um workshop de… Éclairs, um doce tipicamente francês. A formação, que foi coordenada pelo chef Tarenta, ficou marcada pelas gargalhadas e, claro, pela gulodice.
Daniel Pinto, director da EHTO, disse “que faz todo o sentido que os nossos alunos possam participar em actividades como estas, com poesia, música, teatro, dança, um almoço francês e os ateliers de pastelaria francesa e de chocolate”.
Recordou que a escola faz parte da parceria que organiza a semana da francofonia da Caldas há alguns anos e salientou a participação dos alunos em várias actividades do programa.
O director da escola caldense, relevou ainda o facto de esta parceria entre a escola de hotelaria e turismo e a de língua francesa nas Caldas tenha sido replicada noutras cidades (Porto e Coimbra).
Já Maria do Carmo Brandão, a quarta directora da Alliance Française de Caldas (a escola existe nas Caldas há 52 anos), queixou-se da falta de inscritos no Delf Scolaire (uma prova que certifica o nível de francês) e elogiou a parceria com a EHTO.
Explicou que a escola que dirige funciona como anfitriã dos franceses quando chegam às Caldas e esclareceu que ensinam vários franceses que querem aprender português “para poder conviver” e que “dizem que a aula é uma terapia”.
Maria do Carmo Brandão afirmou que vivem cerca de 600 casais franceses na região.
Numa sessão anterior ao almoço, a directora da escola de línguas havia falado aos alunos sobre a importância do Delf Scolaire. “Todos os anos no seguimento dessa sessão de esclarecimento diversos alunos submetem-se à prova”, disse Daniel Pinto.