Larápios levaram mais de 60 mil euros e colocam a continuidade do Caldas Bar em causa

 

O Caldas Bar, estabelecimento comercial em frente à Rodoviária, foi assaltado na madrugada de segunda-feira. Os larápios entraram por uma janela nas traseiras, tendo saltado um telhado para ter acesso à mesma e levaram mais de 66 mil euros, sensivelmente metade em raspadinhas e outra metade em dinheiro do jogo que o empresário tinha guardado num cofre.
“Estes valores explicam-se porque eu também faço a revenda de raspadinhas para 43 estabelecimentos que não têm máquina”, esclareceu o empresário Emanuel Chamusco, contando que tinha previsto depositar o dinheiro na segunda-feira. Acresce que, com o confinamento, havia um acumulado maior de jogo que não foi vendido e que foi roubado pelos larápios, que furtaram também tabaco e bebidas.
“Não existe seguro para o jogo em Portugal”, faz notar o empresário. O dinheiro é pago semanalmente à Santa Casa da Misericórdia, com quem o caldense tenta agora fazer um acordo para o faseamento do pagamento.
Por outro lado, Emanuel Chamusco irá tentar contrair um empréstimo para pagar este montante. A investigação está entregue às autoridades que recolheram indícios no local e que têm já um suspeito.
A continuidade do Caldas Bar, que foi fundado em 1955 e que se tornou famoso pelas bifanas do Ti Felisberto, está neste momento colocada em causa, assim como os três postos de trabalho (a contar com o próprio). A sociedade civil rapidamente respondeu com vontade de ajudar nesta fase difícil alguém que também deu a mão a quem mais precisava, com a oferta de centenas de bifanas aos que tinham fome e a profissionais da linha da frente do combate à covid. Alguns amigos criaram uma conta e colocaram uma lata para recolher donativos no próprio estabelecimento. Na terça-feira já tinham sido recolhidos cerca de 11 mil euros. ■