O terreno onde está a ser construído o lar de idosos, propriedade do Centro de Apoio Social do Nadadouro, foi doado por Maria de Lurdes Gonçalo, em 2003. Trata-se de um lote de quatro mil metros para a construção do edifício que dará resposta social aos idosos daquela freguesia. Mais tarde, em 2014, a benemérita viria a doar mais uma parcela, de cinco mil metros no mesmo terreno, para a qual a direção ainda não tem destino. Alice Gesteiro, presidente da direção da instituição de solidariedade social, recorda que Maria de Lurdes Gonçalo manifestava sempre uma vontade: “fico feliz que façam ali uma obra bonita, com boas condições para servir a população, em especial a do Nadadouro. Gostava que arranjassem toda aquela zona, para que fique bonita”.
A nova valência social da freguesia fica inserida junto ao campo de futebol, pavilhão e outros equipamentos, numa uma área que foi também doada à freguesia e à associação por benfeitores.
A primeira pedra para a construção do lar foi colocada em novembro de 2017, devendo a obra estar concluída no próximo ano. Destinado a 30 utentes, o edifício terá 15 quartos (três quartos simples, três triplos e nove duplos), gabinete médico e de enfermagem e um outro quarto com duas camas para situações de urgência. Possui ainda sala de refeições com capacidade para 40 pessoas e outra de lazer e atividades, com a mesma capacidade. A obra, que é da autoria do arquitecto José Manuel Pereira da Silva, tem um custo de cerca de um milhão de euros e conta com o apoio da Câmara das Caldas em 35% desse valor. O restante é garantido através do recurso à banca.
“Já temos várias pessoas interessadas, devido à falta de vagas nesta área”, explica Alice Gesteiro. Algumas delas que, inclusivamente, doaram terrenos à instituição na contrapartida de receberem todo o apoio que necessitam. Um desses casos é um terreno situado no Vimeiro (Alcobaça), que a instituição está a tentar vender, revertendo o dinheiro para o apoio social.
Devido à pandemia, o Centro de Apoio Social do Nadadouro tem atualmente apenas a funcionar o apoio ao domicílio.
“Estamos a prestar auxílio em casa aos utentes do apoio ao domicílio e do centro de dia”, explica a responsável da direção, acrescentando que prevêem reabrir o centro de dia em inícios de 2021. “Os nossos utentes sentem muita falta do convívio, proporcionado pelos passeios, das tardes com música e das festas, sobretudo nesta altura do Natal”, concluiu Alice Gesteiro.