Caldense cria kit de acolhimento para alunos imigrantes

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A docente caldense com o kit de boas vindas que, numa primeira fase, está traduzido em quatro línguas e braille

Projeto será apresentado hoje, em Leiria, e é coordenado pela caldense Patrícia Oliveira, que trabalhou com os seus alunos

Chama-se kit de boas-vindas/manual de acolhimento para alunos imigrantes e trata-se de um recurso pedagógico que conta a história dum aluno ucraniano que chega a Leiria e que inicia o seu percurso escolar no Agrupamento de Escolas de Marrazes – Leiria. O projeto que foi ontem apresentado, na presença da ex-Secretária de Estado das Migrações e atual coordenadora do observatório da imigração em Portugal, Cláudia Pereira, foi coordenado pela caldense Patrícia Oliveira, técnica superior do Ministério de Educação colocada no Agrupamento de Escolas de Marrazes.
De acordo com a docente, o kit foi criado no âmbito da intervenção do serviço social escolar inserido numa escola Teip – Território de intervenção prioritária de Leiria. Neste agrupamento de escolas, dos 2000 alunos que as frequentam cerca de 500 são imigrantes, provenientes de 23 nacionalidades, desde a América do Sul à Ásia, pelo que “considerou-se pertinente criar um instrumento pedagógico inovador e integrador, que servisse de manual de boas-vindas aos alunos que chegam de novo e de uma realidade muito diferente de Portugal”, explicou à Gazeta das Caldas.
O projeto teve início em 2021 e a concretização do manual contou com a participação de 23 alunos do 2º ano de escolaridade, que fizeram as ilustrações, o que “torna o kit muito rico e diferenciador de outros manuais”, destaca Patrícia Oliveira. Está traduzido em quatro línguas (espanhol, francês, inglês e ucraniano) e em também uma versão em braille.
Nesta primeira fase é apresentado como e-book, mas há já a perspetiva de uma segunda edição noutras línguas e a sua publicação impressa.
Este manual de boas vindas tem por objetivo principal poder contribuir para um melhor acolhimento no meio escolar mas também ser um “instrumento de boas práticas a ser disseminado, até porque conta com diversos parceiros com muita relevância no território, desde o Município e o Politécnico de Leiria”, concretiza a coordenadora o projeto, destacando a tradução em várias línguas e em braile. “O objetivo deste instrumento é que possa ser algo dinâmico, não ser estanque, isto é, ser traduzido em mais idiomas e poder integrar mais parceiros e “crescer””, realça.
A caldense Patrícia Oliveira, atualmente a exercer funções num Agrupamento de Escolas em Leiria, é mestre em Serviço Social e pós graduada em Saúde Mental Escolar, coordenadora do Programa de Educação para a Saúde e pelo Serviço Social e por diversos programas nacionais no âmbito da Saúde. ■