Clientes destacam variedade, qualidade e o ambiente da Praça

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Clientes não imaginam as Caldas sem a Praça da Fruta, mas apontam o que podia melhorar

A Praça da Fruta é um dos ex-libris das Caldas da Rainha e, para quem lá compra, sejam clientes regulares ou os que estão só de passagem, não é possível imaginar a cidade sem o seu mercado que é único no país. A Praça tem um ambiente e uma “alma” que são singulares, mas quem ali compra reconhece que alguns aspetos deveriam ser melhorados, e até se prendem mais com o conforto dos vendedores do que dos próprios clientes.
“Há aqui uma boa atmosfera, essa é uma das razões que me leva a frequentar a Praça da Fruta, e depois também gostamos desta possibilidade de escolha diversificada, das pessoas simpáticas que estão a vender e os produtos também são de qualidade”. Quem o diz é Maria Emília, que é de Rio Maior, e escolheu as Caldas para desfrutar da reforma com o marido Joachim, que é alemão, depois de terem morado muitos anos no Alentejo, e cujas compras na Praça da Fruta fazem parte da rotina.
Das vivências que tem noutras regiões, o casal afirma que “não é frequente” encontrar-se um mercado assim. “Está aberta o ano inteiro, é fantástico. Como consumidores sentimo-nos aqui bem, porque tem tudo e é muito diferente de um supermercado”, referem.
História curiosa tem Dilcéia. Natural do Brasil, já viajou por vários países da Europa e residiu na Itália, uma vez que o marido é italiano. Porém, há cerca de ano e meio escolheu as Caldas da Rainha para viver. O motivo: “a cidade me encantou por esse mercado. Antes de vir morar aqui, eu pesquisei e percebi que é algo que faz parte da história. Nas viagens que fazemos vemos outros mercados, mas essa Praça não tem igual”, afirma.
“Sempre digo que é uma bênção essa Praça, porque tem produtos fresquinhos, de boa qualidade e o preço também é bom”, completa Dilcéia, que todas as semanas faz ali compras. “Eu só compro frutas e verduras aqui”, acrescenta.
Cliente regular da Praça da Fruta, de há muitos anos, é a caldense Maria Teresa Tavares que vê na sabedoria de quem vende a maior vantagem. “Compro a três pessoas certas, que sabem o que eu gosto e me servem bem. Quando chego, já tenho o que quero guardado e não tenho que estar, como vejo nos supermercados, a apalpar os frescos um por um, que é uma coisa que me faz um nervoso tremendo”, descreve. Maria Teresa Tavares diz que não sabe se é mais barato comprar ali, “mas mesmo que não seja, mais vale pagar e ser bem servida do que pagar menos e não o ser”, diz. Por isso, “não deixo de vir à Praça por nada”, exclama. “Em setembro fiz uma entorse e andava de canadianas, mas nem assim deixei de vir aqui às compras”, sustenta.
O principal problema para quem compra é a falta de estacionamento, algo com que todos concordam. “Encostar [o carro] aqui é um problema”, diz a caldense, algo que sentiu de forma mais vincada quando se magoou num pé. Dilcéia tem a mesma opinião, mas a nível pessoal, é algo que não a afeta. “Tenho o privilégio de morar perto”, conta.
Caso diferente têm Maria Emília e Joachim, que apesar de residirem nas Caldas, moram na zona mais elevada, o que torna mais difícil transportar a pé as compras. “As acessibilidades são um problema. Nós estamos os dois na casa dos 70 anos, não conseguimos ir a pé com o cesto cheio das compras até lá cima. Mas compreendemos que também não é um problema fácil de resolver”, admitem.
José Rebelo, da Benedita, costuma comprar na Praça da Fruta “de vez em quando” e diz que esta não é só um ícone das Caldas, mas de toda a região, e que é uma “mais-valia, porque os produtos têm qualidade e consegue-se encontrar de tudo um pouco”.
No que os clientes também são unânimes é que a Praça precisa de melhores condições, sobretudo para dar mais conforto aos vendedores. “O mau tempo é uma questão, deve estudar-se algum melhoramento, mas que não altere as características da Praça”, defende José Rebelo.
Dilcéia, que tem um canal no Youtube (Diário da Céia) onde tem dado a conhecer as Caldas, defende o mesmo. “Talvez pudesse haver algum tipo de cobertura, não é tanto por nós consumidores, porque podemos vir em dias alternados, mas pelos vendedores”, diz.
Maria Teresa Tavares concorda e diz que “talvez se pudesse criar uma cobertura parcial, transparente, porque quando chove e faz vento, é complicado e os vendedores são muito sacrificados”. ■

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