Comércio tradicional vê o online como complemento

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Tertúlia da ACCCRO demonstrou importância do online como complemento a estabelecimentos comerciais físicos

“Comércio de cidade vs plataformas on-line. Lojas de Bairro” era o tema da tertúlia do ciclo que assinala o 120º aniversário da ACCCRO. Na esplanada do Coletivo café e restaurante, na tarde de 24 de setembro, empresários do comércio local concordaram que o digital é um complemento ao negócio físico e que é importante na comunicação da marca, mas não substitui a experiência física.
Hélia Silva, da Hélia Arte Floral defendeu “que as lojas têm que criar diferenciação entre o que têm online e a loja física e interagir com a sociedade”, através da organização de eventos, como experiências e workshops. A falta do contacto direto com o público é uma desvantagem online e a falta de humanização de negócios digitais foi apontada por Ruben Melgaço como um erro. Já Daniel Viegas, da Bombondrice, destacou os desafios do tratamento dos dados, e Sandra Martins, da SM Cosmetology, afirmou que há duas formas diferentes de presença online: redes sociais e loja, sugerindo à ACCCRO a criação de uma página simples para associados que não estejam na rede. João Serrenho, da quase cinquentenária Pitau, notou que no seu caso o online não é muito significativo em termos de vendas, mas “é a principal montra”. Margarida Romão, da Modartt – Craft Design, trouxe o tema dos horários do comércio e a preocupação, enquanto mãe, com a falta de um local para mudar as fraldas dos bebés quando se faz compras no comércio tradicional. Juliana Carmo, da Carpel, defendeu a complementaridade e Tatiana Henriques, do Coletivo e dos Chefs em Casa, partilhou as duas visões de negócio.
Questionado por Nicola Henriques sobre a criação de um marketplace, Luís Gomes, presidente da ACCCRO, disse que, há três anos, a produção da plataforma custava 80 mil euros e que, não tendo recebido fundos comunitários, não avançou. Já o vice-presidente da Câmara, Joaquim Beato, destacou que os serviços da autarquia estão a passar para o digital. A nível interno, o processo de digitalização e abolição do papel está a 70% e o autarca mostrou-se esperançado que a parte dos projetos passe a digital em novembro. Notou o impacto dos eventos no comércio e que nenhum dos oradores falou em fechar o espaço físico. Além da melhoria dos serviços, o município “pode e deve contribuir, ao seriamente repensar a cidade na sua mobilidade” e limpeza, mas também ao “devolver parte da cidade ao peão”, salientou. ■

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