Crise não prejudicou Mercado Medieval

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notícias das CaldasMais de 40 mil pessoas passaram pelo Mercado Medieval de Óbidos, entre os dias 14 e 17 de Julho, elevando para 75 mil os visitantes no evento durante as duas primeiras semanas. A forte afluência na tarde de domingo, resultado da transmissão do evento em directo na televisão, levou a que a GNR tivesse que desviar o trânsito à saída da A8 para a estrada nacional 8, afastando os carros da vila para evitar congestionamentos.

Para o próximo fim-de-semana, o último de mercado, a organização espera uma nova enchente, à semelhança do que tem acontecido nas edições anteriores.
As 18 tavernas, dinamizadas pelas associações do concelho, não têm tido mãos a medir e são unânimes na opinião de que o avanço de uma semana veio beneficiar bastante em termos de visitas.
No Socorro Gaeirense os fornos estão sempre acesos e o pão com chouriço tem filas de espera. “Temos cozido uma média de 80 quilos de farinha por dia”, conta Luís Coito, presidente daquela instituição de solidariedade, que conta com cerca de 40 pessoas a trabalhar durante o mercado.
O responsável refere que a crise não se tem feito notar e estão mesmo até um pouco acima dos números do ano passado.
“A alteração da data foi muito importante pois este ano a nossa primeira semana foi muito melhor”, refere Luís Coito, acrescentando que a  vinda da televisão também terá efeitos benéficos para a vinda de mais pessoas na semana seguinte.
Mário Ferreira, coordenador da taverna Associações de A-dos-Negros –  que reúne as associações dos Caçadores de A-dos-Negros, do Teatro, e dos Pais e Encarregados de Educação do Complexo do Alvito – também está contente com o decorrer do mercado. “Só precisamos de sol”, brinca o responsável, que acredita que no próximo fim-de-semana já haverá mais pessoas de férias e, também, a visitar o evento.
O porco no espeto é a especialidade da casa e, até ao passado domingo, já tinha, vendido 12 porcos. As expectativas são de assar 20 até ao final do mercado.
Sábado, apesar da chuva e do vento, foi o melhor dia de venda na tasquinha, que este ano apresenta como novidade as sopas.
Trabalham nesta taverna cerca de 80 pessoas nos três fins-de-semana Chegam às 9h00 e só depois regressam a casa, já de madrugada, mas ainda assim, Mário Ferreira preferia mais. Na sua opinião, o ideal seria o mercado funcionar durante três semanas, sem interrupções, uma vez que “há pessoas que o procuram durante a semana e também há alguma comida que se estraga”.
O optimismo também reina na taverna do Centro Social, Cultural e Recreativo da Amoreira. “Está a correr melhor que o ano passado”, diz o vice-presidente da instituição, José Simões, que apenas lamenta o vento e a chuva que se fez sentir no sábado.
O espaço que é conhecido por ter as “melhores coxas de frango do Oeste”, vende também com sucesso a sopa do Convento de Santa Clara e a tiborna Rainha Santa. Os caracóis à D. Dinis também têm tido muito procura, tendo já vendido 60 quilos até domingo.
Acreditam que o fim de semana seguinte ainda será melhor, até porque “nós bem precisamos”, dizem. O dinheiro angariado nesta iniciativa pelo centro irá ajudar a pagar o subsídio de férias dos funcionários.
Actualmente o Centro Social, Cultural e Recreativo da Amoreira serve refeições a 50 pessoas, ao sábado, e não recebe qualquer apoio da Segurança Social não comparticipa.
No próximo fim-de-semana, alem da gastronomia, também a animação será uma constante, com actuações de grupos musicais, desfiles de cavaleiros, torneios e espectáculos.
A organização pede às pessoas para que comprem antecipadamente o bilhete, para evitar as longas filas de espera.

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