Dia do Combatente assinalado com cerimónia

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Monumento tem nove pináculos, um por cada um dos nove fuzilados do Borlão

A colocação de uma coroa de flores junto ao monumento aos nove fuzilados do Borlão assinalou a data

O Dia do Combatente foi assinalado nas Caldas, com uma cerimónia organizada pelo Núcleo das Caldas da Rainha da Liga dos Combatentes, junto ao Memorial de homenagem aos nove fuzilados no Borlão, junto à Câmara. A iniciativa decorreu a 9 de abril.
Emanuel Sebastião, presidente do núcleo das Caldas, recordou que, em 1808, os nove fuzilados “nada mais fizeram do que defender a honra de uma caldense que tinha sido assediada por soldados franceses”.
Em tempos de pandemia, a liga tem mantido contactos com os sócios, especialmente os mais idosos, para verificar se existem necessidades a suprir. Simultaneamente presta apoio psicológico a pessoas que sofram de stress pós-traumático. “Durante o confinamento, nunca reduziu o apoio e achámos novos métodos para chegar às pessoas, com o telefone e as vídeoconferências”.
Nas Caldas a liga tem cerca de 700 sócios. “Já houve alturas em que tivemos mais”, admitiu. “A conclusão a que eu chego é que a maior parte dos combatentes demora alguns anos a sentir o ímpeto de se inscrever nas associações de veteranos”, explicou. “Tenho ideia de que os combatentes das novas missões vão começar a inscrever-se mais na próxima década e que haverá uma espécie de passar de testemunho, dos combatentes da guerra colonial para os das novas missões”.
Emanuel Sebastião salientou ainda que este ano o Dia do Combatente tem um significado especial porque a liga foi agraciada com a Medalha de Torre e Espada.
O presidente da Câmara, Tinta Ferreira, afirmou que “este local simboliza a resiliência e resistência a atos brutais que, infelizmente, ocorrem de forma acessória nas guerras”. ■