Do Sobral da Lagoa rumo ao deserto do Sahara para uma aventura todo-o-terreno

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Quatro dos seis amigos que se propõem a percorrer as dunas do grande deserto com as suas moto de todo-o-terreno

Álvaro Cordeiro, Carlos Penteado, Carlos Ribeiro, Dário Pimpão, Firmino Ferreira e Marco Mineiro, propuseram-se percorrer os 1.725  quilómetros que separam Óbidos de Merzouga com o apoio de dois veículos, um deles carro-oficina, realizando a viagem dos seus sonhos nas dunas do grande deserto com as suas moto 4. O desafio foi lançado num dos encontros de fim-de-semana, onde partilham a sua paixão pela moto de todo-o-terreno.
Carlos Ribeiro tem a experiência de muitas expedições em Marrocos e explicou, poucos dias antes da sua partida, que é muito difícil evoluir com os jipes na areia, que no deserto muda de textura conforme a hora do dia. “A tendência é a do carro se atascar, temos que tirar pressão aos pneus, saber ler o terreno, ver as pistas”, exemplificou.  Mas com as moto4 tudo se torna mais fácil.
O plano prevê que a viagem até Les Khaltaras seja feita em jipe, mudando depois para as moto4 a fim, de numa extensão de 300 quilómetros quadrados de deserto, poderem divertir-se com os seus “brinquedos”. “Vamos gozar o deserto. Subir e descer dunas e ter a oportunidade de visitar pequenos oásis”, contou Carlos Ribeiro, acrescentando que, para além do prazer da condução, poderão conhecer os berberes do deserto e, com sorte, cruzar com alguma caravana ou acampamento de nómadas.
Durante a viagem podem enfrentar temperaturas entre os 10 graus negativos na cordilheira do Atlas e 30 graus positivos no deserto.
Dário Pimpão é um estreante nas viagens a Marrocos. Leva-o a vontade de conhecer o país, o prazer de andar de moto e, sobretudo, “a necessidade de férias e descanso”. Uma opinião também partilhada por Marco Mineiro, que viaja pela primeira vez aquele país.
Firmino Ferreira disse que sonhava visitar as dunas do deserto deste que via o Paris – Dakar e agora gostaria de percorrer algumas das pistas daquela prova, que teve que deixar o norte de África por questões de segurança.
“Vamos a Marrocos num tempo em que, do ponto de vista económico e financeiro, não é o melhor”, explicou Carlos Ribeiro, acrescentando que a expedição só é possível devido aos patrocínios do grupo Auto Júlio e TNC – Telecomunicações do Centro, e apoio da AC – Reparação Automóvel Amoreira, C J Penteado, Mineiro Luz, Oppidum Ginja de Óbidos e do The English Centre – Escola de Línguas.
A viagem, no total, tem um custo de 800 euros por pessoa. Os participantes contam gastar cerca de 800 litros de gasóleo e mais 60 litros de gasolina em cada uma das moto4.

Fátima Ferreira
fferreira@gazetadascaldas.pt

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