Em Portugal entre 2013 e 2017 registaram-se 358 mortes em acidentes de tractores e 330 feridos graves, o que dá uma média de cinco mortes por mês, de acordo com dados da GNR. Por cada 100 condutores mortos em acidentes de viação, oito conduziam um veículo agrícola.
Tendo em conta esta realidade, o Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural tornou obrigatória a frequência de uma acção de formação sobre segurança para todos os condutores que não possuam licença de condução de tractores agrícola. Na prática, a carta de condução de veículos ligeiros deixou de ser suficiente para quem queira conduzir um tractor e qualquer condutor que o queira fazer, terá que realizar essa formação.
Este pequeno curso consubstancia-se em operações com máquinas e equipamentos, sobretudo no interior das explorações porque “uma parte significativa destes operadores não sabe ler nem escrever ou, quando o sabe, apresenta níveis elevados de iliteracia ou desconhece os riscos da máquina e equipamento”, refere a ACT no seu site.
A formação habilitante pode assumir a forma de licença de condução (categoria I e categoria II ou III, em função da tipologia de máquina) ou carta de condução, complementada com a formação adequada para a operação com tractores e máquinas agrícolas ou florestais.
A Direcção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural disponibilizou no seu site o programa do curso “Conduzir e operar com o trator em segurança”. Nesta formação, de 35 horas, os participantes tomam conhecimento com as melhores práticas para realizar uma condução segura na via pública e operar na exploração, assim como os cuidados que deve ter na preparação e condução do trator e o equipamento de segurança e protecção que o veículo deve de ter. F.F.